segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Viena... uma cidade imperial

Deixando Salzburgo, nosso destino foi Viena. Essa viagem transcorreu de modo diferente da anterior. Primeiro, porque o nosso trem estava extremamente vazio; segundo porque, da nossa janela, o que avistávamos não era mais os Alpes, mas as planícies (com esparsas elevações); e terceiro porque, tudo que havia começado branco, devido à neve, ganhou suas próprias cores. Desembarcamos em uma estação secundária de Viena, procuramos o “i” para informações e mapas, porém, sem encontrá-lo, como em Innsbruck, e seguimos de metrô para o nosso hotel.
Com cerca de um milhão e seiscentos mil habitantes (mesma população de Barcelona), Viena é a capital da Áustria. Cortada pelo rio Danúbio, no passado, a cidade era o centro do império Austro-Húngaro. É exatamente por causa disso que seus ares são imperiais. São vários e belos os seus castelos. Viena também foi responsável pela consagração de gênios como Mozart, Beethoven, Brahms, os Meninos Cantores, os filósofos do Círculo e, especialmente, Freud, o pai da psicanálise.
O nosso hotel, “Suite Novotel Wien Messe”, situa-se próximo ao centro da cidade. De metrô, são poucos minutos. Apesar de ser o hotel mais luxuoso que nos hospedamos até agora, peca no que tange à segurança. Não há um rígido controle de quem entra e de quem sai. Nossa suíte era grande, com vista para o interior do hotel (muito diferente da que tivemos em Innsbruck e Salzburgo).
Em Viena, visitamos a “Stephansdom”, a Catedral de Santo Estêvão (toda em estilo gótico), as “Catacumbas”, um cemitério onde é possível encontrar desde túmulos de pessoas importantes (como membros da família imperial e arcebispos) até ossos daqueles que morreram em conseqüência da peste (todos amontoados... muito macabro), o “Sigmund Freud Museum”, casa onde o pai da psicanálise viveu e trabalhou (pensei na minha sogra o tempo todo), o complexo “Hofburg”, dois prédios que foram sede administrativa do império Austro-Húngaro (no “Palácio Imperial” se encontram três museus: o “Silberkammer”, que expõe a prataria imperial, o “Kaiserappartments”, que expõe os apartamentos imperiais, e o “Sisi Museum”, que expõe objetos relacionados à vida da imperatriz Sisi; no “Novo Palácio Imperial” se encontram mais três museus que, infelizmente, não visitamos) e o “Schloss Belvedere”, dois palácios separados por um enorme jardim (nesses dois palácios se encontram três museus).
Também diferentemente de Salzburgo e Innsbruck, em Viena não tivemos grandes experiências gastronômicas. Exceto uma pizza, que comemos num shopping, pela primeira vez, preparamos nossas refeições no hotel. Foi bacana comer lasanha comprada no supermercado e tomar vinho austríaco (não muito bom, se comparado aos demais que experimentamos).
O destaque de Viena vai para o “Schloss Schönbrunn”, a antiga residência de verão da família imperial. Popularmente, essa residência é chamada de Palácio da Sisi (cenas do filme sobre a imperatriz foram gravadas ali). Nele se encontram a “Sala dos Espelhos”, local onde Mozart apresentou seu primeiro concerto à realeza (com apenas seis anos de idade), a “Sala de Napoleão”, local onde o imperador hospedou-se (e onde seu único filho legítimo morreu), e a “Sala dos Milhões”, local onde se encontram vários pergaminhos antigos (decorando as paredes). Do lado de fora, existe um gigantesco jardim que, lamentavelmente, no inverno não tem a mesma beleza. No alto de uma colina, se encontra um esplendoroso monumento chamado “Gloriette”, em homenagem aos soldados que serviram ao império Austro-Húngaro. Além disso, anexos ao jardim, se encontram o zoológico da cidade e o labirinto de arbustos. Ficamos impressionados que, apesar do frio, muitas pessoas corriam no parque em torno do jardim.
Finalmente, deixamos Viena ao meio dia de quinta, 07 de janeiro, dia do aniversário da minha sogra, em direção à Praga. Das 282 fotos que tirei, 15 estão no meu Facebook.
Luiz Felipe Xavier.

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