sábado, 31 de dezembro de 2011

Milão, Verona e Veneza... Natal entre amigos e passeios maravilhosos...

Seguindo viagem, de Florença fomos para Milão. Desembarcamos na bela estação central. Como de praxe, procuramos o “i” para informações e mapas, mas o posto já estava fechado. De tram, fomos para a casa dos amigos Gabriel e Amanda, onde ficamos hospedados por dois dias (depois, fomos para um apartamento que alugamos). Na porta, de forma inusitada, fomos recebidos pela Viviane, brasileira que mora no mesmo condomínio e que iria passar-nos as chaves do apartamento. Naquele momento, ela foi uma singela expressão do cuidado do Deus Conosco.

Milão é a segunda maior cidade da Itália e a capital da região da Lombardia, com cerca de três milhões e novecentos mil habitantes. É uma metrópole, com tudo que isso significa. Verona é uma cidade da região do Vêneto, com cerca de duzentos e sessenta mil habitantes. É discreta e jovial. Veneza também é uma cidade da região do Vêneto. É diferente e romântica. Tendo Milão como base, visitamos Verona e Veneza.

Em Milão, conhecemos: a “Piazza Duomo” (belíssima praça, no centro da cidade); a Duomo (terceira maior igreja do mundo e catedral gótica mais antiga da Itália, que tem em sua fachada mais de 3.400 estátuas – é, simplesmente, maravilhosa); a “Galleria Vittorio Emanuele” (centro de compras, com lojas das principais grifes do mundo – só passamos); o “Teatro ala Scala” (famosa casa de óperas – só vimos de fora); e o “Castello Sforzesco” (castelo edificado no século XIV – o mais preservado que já entrei).

Em Verona, conhecemos: a “Piazza Bra” e a “Piazza Erba” (as duas principais praças da cidade); a “Arena” (enorme anfiteatro romano, na “Piazza Bra”); a “Via Mazzini (rua que conecta as duas praças); a suposta “Casa di Giulietta” (onde encontra-se uma estátua da amada de Romeu e milhares de recados de casais apaixonados, escritos nas paredes repletas de chicletes), o “Fiume Adjige” (rio que corta a cidade, em forma de “S”); a “Ponte Pietra” (uma ponte, em arco romano, do século I); e o “Teatro Romano” (imponente edificação situada no alto um monte – no por do sol é lindo). Verona lembra juventude!

Sem dúvida alguma, o destaque vai para Veneza, onde conhecemos: a “Piazza de San Marco” (grande praça da cidade, cercada por prédios históricos); a “Basilica di San Marco” (igreja em estilo bizantino, cujos mosaicos refletem a intercessão entre o cristianismo do Ocidente e do Oriente); e o “Campanário” (torre que oferece a melhor vista da cidade – lá de cima, entendi porque Veneza é diferente das demais cidades que conheço no mundo). Seguindo a tradição, fizemos o passeio de gôndola. Nosso gondoleiro era veneziano, falava português (misturado com espanhol) e cantava. Pelos canais silenciosos, debaixo de cada ponte, não faltavam beijos – mesmo que fosse só um choquinho. Veneza é sinônimo de romantismo!

Na virada do dia 24 para o dia 25, reunimo-nos, no apartamento do Gabriel e da Amanda, para celebrar o Natal. Ao todo, onze pessoas: eu, Thaís, Mariana, Samuel, André, Tânia, Jaqueline, Eduardo, Viviane e os donos da casa (quase uma reunião da Redê...). Depois de comer, beber e jogar conversa fora, inspirados pelos relatos dos Evangelhos, recordamos o verdadeiro sentido do Natal: Jesus vem ao mundo para salvar-nos dos nossos pecados (cf. Mt. 1:21); Jesus é Emanuel, Deus Conosco (cf. Mt. 1:23); Jesus é digno de ser adorado como Deus (cf. Mt. 2:2); Jesus é aquele que conduz-nos como pastor (cf. Mt. 2:7); Jesus tem ofício de profeta, sacerdote e rei (cf.Mt. 2:11); Jesus humilha-se, radicalmente, desde o seu nascimento (cf. Lc. 2:7); Jesus deve ser glorificado (cf. Lc. 2:14); Jesus traz-nos a paz (cf. Lc. 2:14); Jesus manifesta-nos o favor de Deus (cf. Lc. 2:14); Jesus é aquele que dá-nos a vida (cf. Jo. 1:4); e Jesus é a Palavra de Deus que faz-se carne e habita entre nós (cf. Jo. 1:14). Nesse encontro, Deus fez muitas coisas que vimos e tantas outras que não vimos.

Dessa vez, nossa experiência gastronômica ficou por conta do casal Gabriel e Amanda. Ao que me parece, os quatro anos de Itália lhes fizeram muito bem. Durante as refeições de Natal, degustamos diversos queijos, variados vinhos, e todo tipo de massa italiana. Isso sem contar o Tiramisù, sobremesa típica da Itália, preparado pela Amanda. Sensacional!!!!

Por fim, na manhã de segunda feira, dia 26 de dezembro, partimos para Paris. Das 446 fotos que tirei, quarenta e cinco estão no meu Facebook.

Luiz Felipe Xavier.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Florença... bela parada

Deixando Roma, nosso segundo destino foi Florença. Para a nossa alegria, começaram os trechos de trem. Chegando à estação central da cidade, procuramos o “i” para informações e mapas, mas descobrimos que ele mudou de lugar. Agora, encontra-se do outro lado da rua que fica em frente à estação. Era terça, 20 de dezembro.

Florença é considerada a capital da Toscana, uma das regiões mais belas da Itália. Berço da Renascença, a cidade possui cerca de quatrocentos e quarenta e oito mil habitantes.

Hospedamo-nos no “Hotel Diplomat”, de frente para a estação central. Nunca havíamos ficado em um hotel tão bem localizado! Perto do centro histórico da cidade, prédio novo (estilo contemporâneo), quarto amplo (não muito confortável) e excelente café da manhã (pães e queijos maravilhosos).

Por falar em gastronomia, degustamos a famosa “Bistecca alla Fiorentina” com feijão branco (untado com azeite de oliva). Só de lembrar, fico com água na boca... De sobremesa, biscoito “Cantuccini” (típico da região da Toscana) acompanhado de Vinho Santo (que de doce e licoroso, lembra Vinho do Porto).

Nas 24 horas que passamos em Florença, visitamos: a “Basilica di Santa Maria Novella” (igreja construída entre os séculos XIII e XIV, que fica em frente à estação); o “Battistero di San Giovanni” (construção mais antiga da cidade, do século V ao IX, onde encontram-se os mosaicos que inspiraram detalhes do inferno da divina comédia de Dante); a “Cattedrale di Santa Maria del Fiori (catedral e cartão postal da cidade, com a fachada em mármore verde, rosa e branco – subimos os 463 degraus da torre dessa igreja para ver Florença do alto); a “Galleria degli Uffizi” (museu mais importante do mundo sobre a Renascença, onde encontram-se, principalmente, pinturas do século XIII ao XVIII); a “Ponte Vecchio” (única ponte sobre o rio Arno, do século XIV, que ficou intacta após a Segunda Guerra Mundial); e a “Piazzale Michelangelo” (uma praça sem graça, mas que oferece uma bela vista da cidade).

O destaque de Florença vai para o “David” de Michelangelo. Essa belíssima estátua fica na “Galleria dell’Accademia”. Sem dúvida, o “David” é a estátua mais bela que já vi! De um mármore bruto, que encontrava-se na “Cattedrale di Santa Maria del Fiori”, Michelangelo esculpiu o grande rei de Israel (embora haja controvérsias sobre sua identidade, especialmente pelo fato de não estar circuncidado). A obra possui impressionantes cinco metros e dezessete centímetros, ressaltando a mão direita, rica em detalhes.

Optamos por essa cidade, graças às indicações dos amigos Gabriel e Amanda, brasileiros que moram na Itália há quatro anos. Ali, descobri que, atualmente, prefiro muito mais cidades pequenas que cidades grandes, tranqüilidade que agitação, andar a pé que usar o transporte público. Uma coisa é certa: Florença foi uma bela parada!

Finalmente, deixamos Florença na quarta, 21 de dezembro, em direção à Milão. Das 206 fotos que tirei, quinze estão meu Facebook.

Luiz Felipe Xavier.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Roma... “nada do que foi será”...

Saindo do Brasil, nosso primeiro destino foi Roma. Dessa vez, vieram conosco minha irmã e meu cunhado. Durante a viagem, sobrevoamos, com dia claro, o Deserto do Saara, o que proporcionou-nos uma bela vista. A imigração na Itália foi tranqüila. Como de costume, procuramos o “i” para informações e mapas. Do aeroporto, pegamos um ônibus especial em direção ao centro da cidade. Tendo em vista que o transporte público estava em greve, reflexo da crise que assola o país, essa foi uma boa opção. Era sexta, 16 de dezembro.

Roma é a capital da Itália. Situa-se na “canela da bota” e possui cerca de dois milhões e oitocentos mil habitantes. Reconhecida com “berço da civilização ocidental”, o centro histórico da cidade é um verdadeiro “museu” a céu aberto.

Nosso hotel, “Ranieri”, situa-se próximo à “Piazza della Repubblica” e à “Stazioni Termini”, no centro de Roma. Distante das principais atrações, prédio muito antigo, gente acolhedora, quarto de casal pequeno e ótimo café da manhã (só no primeiro dia, tomei quatro xícaras de café expresso).

Visitamos os principais pontos turísticos da cidade e também do Vaticano, menor Estado do mundo: o “Musei Vaticani” (com as coleções de artes e os tesouros papais, incluindo a “Stanze di Raffaello”, com afrescos de Rafael, e a “Cappella Sistina”, com afrescos de Michelangelo); a “Piazza San Pietro” (composta por dois semicírculos, com um obelisco no meio); a “Basílica di San Pietro” (onde encontra-se a Pietá, famosa escultura de Michelangelo, e de cuja cúpula pode-se ter uma bela vista do Vaticano e de Roma – desta vez não subimos); o “Castel de Sant’Angelo” (de onde tem-se uma bela vista do rio Tibre), a “Via Appia Antica” (primeira estrada pavimentada do mundo – foi bacana andar onde, muito provavelmente, Pedro e Paulo andaram), o “Colosseo” (ruínas do grande anfiteatro romano da Antiguidade e local onde vários cristãos foram humilhados e mortos); o “Arco di Costantino” (construído em homenagem ao imperador sob cujo governo o cristianismo deixou de ser religião perseguida para torna-se religião oficial); o “Pantheon” (templo romano de 27 a.C., edificado em homenagem a todos os deuses – hoje, uma igreja); o “Stadio Olimpico” (onde assistimos à partida entre Lazio 2 X 2 Udinese; o “Circo Massimo” (ruínas de um circo romano, com capacidade para mais de duzentas mil pessoas, onde aconteciam as grandes corridas de bigas e quadrigas), o “Foro Romano” (ruínas dos espaços públicos do Império Romano), o “Palatino” (colina onde Roma nasceu e onde os principais imperadores romanos moraram); o “Piazza del Campidoglio” (situada numa das sete famosas colinas de Roma), a “Piazza Venezia” (com o esplendoroso edifício dedicado a Vittorio Emanuele II, primeiro rei da Itália); a “Piazza Navona” (uma das maiores praças da cidade, onde localiza-se a sede da embaixada brasileira); e a “Fontana di Trevi” (a fonte mais linda que eu já vi).

Como não poderia ser diferente, em Roma, nossa experiência gastronômica gravitou em torno dos diferentes tipos de massas. Por incrível que pareça, a melhor pizza que comi foi uma “amostra grátis” que ganhei na rua. Quando degustei, quase tive uma experiência mística! Mas, não posso deixar de ressaltar o Gelato. É, sem dúvida, o melhor sorvete que já tomei!

O destaque de Roma vai para as catacumbas. Visitamos, novamente, a “Catacombe di San Callisto”. É emocionante caminhar pelos buracos frios e úmidos, onde os primeiros cristãos sepultavam seus mortos e cultuavam a Deus. É chocante notar a distância de uma catacumba para uma basílica, como a de São Pedro, por exemplo. Acima de tudo, é desafiante discernir a profunda simplicidade da fé em Jesus de Nazaré, nosso bom pastor.

Em dezembro de 2006, meu sogro, a Thaís e eu estivemos em Roma. Lembro-me exatamente do que ele disse-me, logo quando saímos do metrô: “Felipão, a Europa não é a Lua!”. Durante muito tempo, eu pensei que era, porém, daquele dia em diante, acreditei que não é. Dessa vez, sem planejar, passamos pelo mesmo quarteirão, onde saímos do metrô e ouvi aquelas palavras... A estrada era a mesma, todavia o caminho era completamente diferente. Fui tomado pela convicção de que “nada do que foi será, de novo, do jeito que já foi um dia”, de que “tudo passa, tudo sempre passará...”. O que “Roma” foi para mim em 2011 não foi do jeito que “Roma” foi para mim em 2006. Não foi melhor nem pior, foi apenas diferente. Logo, talvez seja necessário viver e valorizar cada momento da vida como último, pois, em certo sentido, todo momento da vida é último...

Por fim, deixamos Roma na terça, 20 de dezembro, em direção à Florença. Das 528 fotos que tirei, vinte estão no meu Facebook.

Luiz Felipe Xavier.