terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Roma... “nada do que foi será”...

Saindo do Brasil, nosso primeiro destino foi Roma. Dessa vez, vieram conosco minha irmã e meu cunhado. Durante a viagem, sobrevoamos, com dia claro, o Deserto do Saara, o que proporcionou-nos uma bela vista. A imigração na Itália foi tranqüila. Como de costume, procuramos o “i” para informações e mapas. Do aeroporto, pegamos um ônibus especial em direção ao centro da cidade. Tendo em vista que o transporte público estava em greve, reflexo da crise que assola o país, essa foi uma boa opção. Era sexta, 16 de dezembro.

Roma é a capital da Itália. Situa-se na “canela da bota” e possui cerca de dois milhões e oitocentos mil habitantes. Reconhecida com “berço da civilização ocidental”, o centro histórico da cidade é um verdadeiro “museu” a céu aberto.

Nosso hotel, “Ranieri”, situa-se próximo à “Piazza della Repubblica” e à “Stazioni Termini”, no centro de Roma. Distante das principais atrações, prédio muito antigo, gente acolhedora, quarto de casal pequeno e ótimo café da manhã (só no primeiro dia, tomei quatro xícaras de café expresso).

Visitamos os principais pontos turísticos da cidade e também do Vaticano, menor Estado do mundo: o “Musei Vaticani” (com as coleções de artes e os tesouros papais, incluindo a “Stanze di Raffaello”, com afrescos de Rafael, e a “Cappella Sistina”, com afrescos de Michelangelo); a “Piazza San Pietro” (composta por dois semicírculos, com um obelisco no meio); a “Basílica di San Pietro” (onde encontra-se a Pietá, famosa escultura de Michelangelo, e de cuja cúpula pode-se ter uma bela vista do Vaticano e de Roma – desta vez não subimos); o “Castel de Sant’Angelo” (de onde tem-se uma bela vista do rio Tibre), a “Via Appia Antica” (primeira estrada pavimentada do mundo – foi bacana andar onde, muito provavelmente, Pedro e Paulo andaram), o “Colosseo” (ruínas do grande anfiteatro romano da Antiguidade e local onde vários cristãos foram humilhados e mortos); o “Arco di Costantino” (construído em homenagem ao imperador sob cujo governo o cristianismo deixou de ser religião perseguida para torna-se religião oficial); o “Pantheon” (templo romano de 27 a.C., edificado em homenagem a todos os deuses – hoje, uma igreja); o “Stadio Olimpico” (onde assistimos à partida entre Lazio 2 X 2 Udinese; o “Circo Massimo” (ruínas de um circo romano, com capacidade para mais de duzentas mil pessoas, onde aconteciam as grandes corridas de bigas e quadrigas), o “Foro Romano” (ruínas dos espaços públicos do Império Romano), o “Palatino” (colina onde Roma nasceu e onde os principais imperadores romanos moraram); o “Piazza del Campidoglio” (situada numa das sete famosas colinas de Roma), a “Piazza Venezia” (com o esplendoroso edifício dedicado a Vittorio Emanuele II, primeiro rei da Itália); a “Piazza Navona” (uma das maiores praças da cidade, onde localiza-se a sede da embaixada brasileira); e a “Fontana di Trevi” (a fonte mais linda que eu já vi).

Como não poderia ser diferente, em Roma, nossa experiência gastronômica gravitou em torno dos diferentes tipos de massas. Por incrível que pareça, a melhor pizza que comi foi uma “amostra grátis” que ganhei na rua. Quando degustei, quase tive uma experiência mística! Mas, não posso deixar de ressaltar o Gelato. É, sem dúvida, o melhor sorvete que já tomei!

O destaque de Roma vai para as catacumbas. Visitamos, novamente, a “Catacombe di San Callisto”. É emocionante caminhar pelos buracos frios e úmidos, onde os primeiros cristãos sepultavam seus mortos e cultuavam a Deus. É chocante notar a distância de uma catacumba para uma basílica, como a de São Pedro, por exemplo. Acima de tudo, é desafiante discernir a profunda simplicidade da fé em Jesus de Nazaré, nosso bom pastor.

Em dezembro de 2006, meu sogro, a Thaís e eu estivemos em Roma. Lembro-me exatamente do que ele disse-me, logo quando saímos do metrô: “Felipão, a Europa não é a Lua!”. Durante muito tempo, eu pensei que era, porém, daquele dia em diante, acreditei que não é. Dessa vez, sem planejar, passamos pelo mesmo quarteirão, onde saímos do metrô e ouvi aquelas palavras... A estrada era a mesma, todavia o caminho era completamente diferente. Fui tomado pela convicção de que “nada do que foi será, de novo, do jeito que já foi um dia”, de que “tudo passa, tudo sempre passará...”. O que “Roma” foi para mim em 2011 não foi do jeito que “Roma” foi para mim em 2006. Não foi melhor nem pior, foi apenas diferente. Logo, talvez seja necessário viver e valorizar cada momento da vida como último, pois, em certo sentido, todo momento da vida é último...

Por fim, deixamos Roma na terça, 20 de dezembro, em direção à Florença. Das 528 fotos que tirei, vinte estão no meu Facebook.

Luiz Felipe Xavier.

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