sexta-feira, 31 de julho de 2015

Havia uma árvore no meio do jardim...

Gênesis 1 descreve-nos a criação de Deus. Deus cria tudo que existe, ordena tudo que cria e estabelece um responsável por tudo que ordena. Gênesis 2 descreve-nos o que poderíamos chamar de pilares de uma vida equilibrada. Esses são a espiritualidade, a família e o trabalho. Gênesis 3 descreve-nos a queda da humanidade. A partir desta descrição, fica revelado que o pecado do ser humano é a origem de todo o mal que existe no mundo. Logo, a descrição que Gênesis 3 faz da queda, suscita-nos, pelo menos, três importantes perguntas.
A primeira pergunta é: O que foi a queda? “Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também.” (v. 6). A árvore do conhecimento do bem e do mal é um teste de obediência. Isso porque Deus tinha dado uma ordem clara ao homem: “Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em dela comer, certamente você morrerá.” (Gn. 2:16-17). Assim, não comer é obedecer e comer é desobedecer. Tanto a mulher quanto o homem desobedecem a Deus, comendo do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Podemos dizer que a dinâmica da tentação do primeiro casal é um protótipo da dinâmica da tentação de todos nós. Hoffmann afirma que “a satânica argumentação desperta a curiosidade e semeia a dúvida. Esta dúvida coloca em jogo a absoluta confiabilidade da Palavra de Deus, em favor dos sentimentos e desejos do coração humano.”.
Vale ressaltar que antes de comerem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, Adão e Eva já conheciam o bem e o mal. Ou seja, eles conheciam o que Deus determinara como bem e como mal. Assim sendo, ao comer desse fruto, o casal quer ser como Deus. Isto é, ele quer assumir para si a prerrogativa de determinar o que é o bem e o que é o mal. Então, o pecado entra na história humana porque o ser humano que ser autônomo em relação a Deus. Em outras palavras, o pecado é dizer a Deus: Eu determino o que é o bem e o mal para minha vida, não você.
A segunda pergunta é: Quais foram as consequências da queda? As consequências da queda são descritas em termos de rupturas. Ruptura do relacionamento com Deus: “Ouvindo o homem e a mulher os passos do Senhor Deus que andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim.” (v. 8). Ruptura do relacionamento consigo mesmo: “E ele [o homem] respondeu: “Ouvi teus passos no jardim e fiquei com medo, porque estava nu; por isso me escondi”.” (v. 10). Ruptura do relacionamento com o próximo: “Disse o homem: “Foi a mulher que me deste por companheira que me deu do fruto da árvore, e eu comi”.” (v. 12); “Respondeu a mulher: “A serpente me enganou, e eu comi”.” (v. 13). E ruptura do relacionamento com a criação. “Os olhos dos dois se abriram, e perceberam que estavam nus; então juntaram folhas de figueira para cobrir-se.” (v. 7).
A terceira pergunta é: Como a graça de Deus manifesta-se depois queda? “Mas Deus chamou o homem, perguntando: “Onde está você?”.” (v. 9). Deus, por sua graça, vem em direção ao casal desobediente. Deus chama o homem, porque está cheio de graça. O homem esconde-se de Deus, porque está cheio de medo. Mas Deus trata o pecado com seriedade. Isso significa que todo pecado tem consequências terríveis. Por causa da desobediência, a serpente, a mulher, a terra e o homem sofrerão. Deus expulsa o casal do jardim e restringe o seu acesso à árvore da vida. Por fim, Deus apresenta ao casal o caminho de volta a ele. Inicialmente, ele apresenta um caminho provisório. “O Senhor Deus fez roupas de pele e com elas vestiu Adão e sua mulher.” (v. 21). Aqui, um princípio pedagógico está estabelecido: O ser humano só pode voltar a Deus coberto pelo sangue de uma vítima inocente. Posteriormente, Deus promete um caminho definitivo. À serpente, ele diz: “Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar.” (v. 15). Pronto! Está feita a promessa acerca de Jesus. Jesus será a vítima inocente que derramará o seu sangue e abrirá à humanidade pecadora o caminho definitivo de volta a Deus. Todos aqueles que trilham este caminho de reconciliação transformam-se e agentes de reconciliação. Que assim seja conosco!

Luiz Felipe Xavier.

domingo, 19 de julho de 2015

Conhecendo o nosso Deus

Conhecendo o nosso Deus

Êxodo 6:1-8

19 de julho de 2015

Luiz Felipe Xavier

Faça aqui o download da mensagem e esboço.