domingo, 28 de dezembro de 2014

Renovando a esperança

Renovando a esperança

Habacuque 1:12-3:19

28 de dezembro de 2014

Luiz Felipe Xavier

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sábado, 6 de dezembro de 2014

Igreja e juventude: postura, protagonismo e perspectivas

Aconteceu em São Paulo, nos dias 21 e 22 de novembro, o primeiro Fórum Jovem da Aliança. Ao todo, cerca de 70 pastores e líderes de adolescentes e jovens encontraram-se para refletir sobre a relação entre igreja e juventude no Brasil. Esse encontro teve início com uma inspiradora palavra do Valdir Steuernagel. A partir de Lucas 1:26-38, ele lembrou-nos que Deus gosta de falar com adolescentes e jovens. Às vezes, essa fala pode bagunçar a vida, mas essa bagunça é sempre boa. O que todo adolescente e jovem precisa fazer é ouvir a Deus e responder: “Está bom! Vamos lá!”. Na mesma direção, Daniel Júnior encorajou-nos a vencer o medo e a viver plenamente a nossa juventude, servindo ao nosso Deus, no nosso tempo.
A reflexão sobre a relação entre igreja e juventude no Brasil seguiu três eixos temáticos. O primeiro eixo foi postura. Taís Machado, metodista, baseou sua reflexão em Atos 2:17: “(...) os jovens terão visões e os velhos terão sonhos.”. Isso é o que o Espírito fez, faz e deseja fazer na igreja hoje. Num mundo marcado por grandes mudanças, a velha liderança precisa ouvir o espírito da nova juventude e o que o Espírito diz a essa nova juventude. Só assim a crise geracional será superada e a igreja será um espaço de celebração da diversidade. Samuel Scheffler, luterano, ajudou-nos a perceber que, infelizmente, pertencemos a uma geração que não está disposta a sacrificar-se para deixar um legado. Logo, dentre outros desafios, ele apresentou-nos o resgate do discipulado.
O segundo eixo temático foi protagonismo. Jonas Neves, batista nacional, leu 1 Samuel 3:1: “O menino Samuel ministrava perante o Senhor, sob a direção de Eli; naqueles dias, raramente o Senhor falava, e as visões não eram frequentes.”. Baseado nesse texto, ele convocou-nos à consagração. Os protagonistas dos nossos dias serão adolescentes e jovens consagrados ao Senhor. Num mundo em crise, como o nosso, mais do que líderes, a igreja precisa de modelos. Acima de tudo, de modelos marcados pela coerência entre o que se fala e o que se vive. Ziel Machado, também metodista, propôs-nos uma importante questão: “O tempo kronos que estamos vivendo é tempo kairós para quê?”. Essa é uma pergunta que todo aquele que deseja ser protagonista precisa responder. Mais do que responder a essa pergunta, é necessário lembrar que o protagonismo pressupõe uma preparação adequada e uma capacidade de ler a gramática do tempo em que se vive. Num rápido exercício de leitura da gramática do nosso tempo, Ziel sugeriu que vivemos numa geração pragmática, individualista e hedonista. Em meio a essa geração, precisamos anunciar a chegada do Reino de Deus, assumir bons compromissos e estar dispostos a nos sacrificar.
Entre o segundo e o terceiro eixos temáticos, muita coisa boa aconteceu. Wilson Costa apresentou-nos parte daquilo que a Aliança tem feito no Brasil. Além disso, realizamos um painel com representantes de diversas organizações nas quais a juventude se faz presente. Nesse painel, estiveram a Juventude Batista Brasileira, a Rede Fale, a Missão Portas Abertas, a Mocidade Para Cristo e a Aliança Bíblica Universitária. Também nesse painel, fomos convidados a participar do Vocare, um encontro que acontecerá no próximo ano, em Maringá, no Paraná.
Ainda nesse intervalo entre os eixos temáticos, tivemos um bate-papo e um show. O bate papo foi com o Ariovaldo Ramos. Conversamos principalmente sobre a Missão Integral, que é cara à Aliança. Ariovaldo convocou-nos a fazer o caminho de Jesus. Esse Jesus que percebia o necessitado e sua necessidade. Percebia e agia em sua direção, por amor. O show foi do veterano Carlinhos Veiga e dos iniciantes Daniel Caldeira e Guilherme Scardini. Foi bacana ver o veterano tocando sozinho, o veterano tocando com os dois iniciantes e o veterano deixando os dois iniciantes tocarem sozinhos. Este gesto simbólico marcou-nos, profundamente.
O terceiro e último eixo temático foi perspectivas. Numa fala dura, Ed René Kivitz, batista brasileiro, denunciou os desvios do que chamou de “subcultura religiosa evangélica” no Brasil. Ele também conclamou-nos a militar por Jesus e pelo Evangelho, a trocar o substantivo “evangélico” pelo adjetivo “evangélico”, e a engajarmo-nos na promoção das manifestações históricas do Reino de Deus. Daniel Guanaes, presbiteriano, desafiou a juventude a apresentar-se na comunidade de fé de forma apropriada. Para tal, essa juventude precisa honrar as gerações mais antigas, engajar-se na cultura dos seus dias, lançar mão de uma dose de utopia, esperar com os pés na realidade e ser fiel ao protagonismo de Cristo.
Por fim, encerrando o primeiro Fórum Jovem da Aliança, lembramo-nos das palavras de Jesus, registradas em João 13:17: “Agora que vocês já sabem essas coisas, felizes serão se as praticarem.”. Com essas palavras em mente, fizemos a nossa última oração. Nessa oração, pedimos a Deus graça para colocarmos em prática tudo que da parte dele ouvimos nesses dois dias. Nós queremos ser a juventude que responde: “Está bom! Vamos lá!”.
Luiz Felipe Xavier.