domingo, 20 de julho de 2014

A centralidade do Evangelho

A centralidade do Evangelho

Atos 14:1-28

20 de julho de 2014

Luiz Felipe Xavier

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quinta-feira, 10 de julho de 2014

Copa das Copas, futebol e outras coisas mais importantes

A Copa do Mundo é de futebol. Futebol, para mim, é Clube Atlético Mineiro. Logo, torço pelo futebol de maneira Galo-centrada. Tudo o que falarei sobre futebol neste pequeno texto estará influenciado por este pressuposto. Se quiser parar por aqui, fique à vontade. Eu prometo que não me ficarei ofendido. Mas, caso deseje continuar, quem sabe você se surpreenda no final?

Por causa do Galo, deixei de torcer pela Seleção da CBF, há algum tempo. Os prejuízos desta desprezível instituição ao meu time são incalculáveis. Torço pelo Brasil em todos os esportes, exceto no futebol. Em se tratando de seleção de futebol, torço pela da Argentina. Eu o faço porque admiro a raça dos jogadores e a paixão da torcida. Raça e paixão lembram Galo. Esta é a razão da minha escolha.

Porém, por causa de uma série de fatores, nesta Copa do Mundo eu torci pela Seleção da CBF. Tentei relevar a ligação da Seleção Brasileira com a instituição CBF. Os que vivem próximos a mim sabem que eu queria uma final entre Argentina e Brasil. Honestamente, neste caso, acho que torceria pelo Brasil. Eu o faria pelo fato da Copa ser aqui, e pelo Victor e pelo Jô, ambos do Galo - diga-se de passagem, o clube brasileiro que mais cedeu jogadores à Seleção Brasileira.

Torci pela Seleção Brasileira, todavia, infelizmente, ela saiu. A maneira como isso aconteceu foi humilhante. Isto mesmo, humilhante. Confesso que doeu em mim. Senti muito, embora tenha sentido menos que um torcedor regular da Seleção Brasileira. Agora, é extrair as lições desse vexame, levantar a cabeça e seguir em frente. Nós, atleticanos, sabemos muito bem como é isso e, caso seja necessário, podemos dar uma consultoria aos demais torcedores brasileiros. Apenas espero que toda essa dor redunde em radicais mudanças, a começar pelo fim da CBF.

Apesar de tudo, nós, brasileiros, podemos nos orgulhar de termos feito a Copa das Copas. Não é que a presidenta tinha razão? Contra tudo e contra todos, especialmente contra os agouros da grande mídia (leia-se Globo, Veja e Folha, entre outros), fizemos a melhor Copa de todos os tempos. O mundo reconheceu isso. Para tal, construímos ou reformamos excelentes estádios (o melhor é que dos 8 bilhões investidos, 4 foram financiados pelo BNDES e 4 foram de verbas privadas e locais, segundo dados oficiais do Governo Federal), repaginamos nossos principais aeroportos, investimos em mobilidade urbana nas cidades sedes, geramos emprego e atraímos turistas de todo o planeta, que, por sua vez, injetaram bilhões em nossa economia. Eu celebro tudo isso, com muita alegria. Como disse aquela lúcida catadora de lixo de Belo Horizonte: "Se outros países do mundo puderam sediar uma Copa do Mundo, por que nós não poderíamos?".

Não pense que eu penso que vivemos num país perfeito. Eu sei que não. Embora ainda haja muito a ser feito, tenho para mim que estamos no caminho certo. Aos poucos, temos deixado para trás um passado colonialista, escravocrata, ditatorial e elitista. Talvez estejamos vivendo o melhor momento da nossa história, momento marcado, especialmente, por grandes avanços sociais. Logo, contra o desespero, prefiro seguir cheio de esperança.

Nessa esperança, ainda quero ver muitas coisas acontecerem no meu país. Quero ver reformas profundas, a começar pela reforma política, base de todas as outras. Quero ver mais educação, mais saúde e principalmente, mais segurança. Quero ver menos desigualdade social e mais distribuição de renda. Eu desejo que o Brasil seja um lugar melhor para todos, de modo geral, e para os mais pobres, de modo específico.

Por fim, quero fazer menção ao meu pai. Ele também não torce pela Seleção Brasileira de Futebol. Não o faz porque pensa que o futebol pode transformar-se no ópio do povo brasileiro. Reconheço que o motivo pelo qual ele não torce é muito mais elevado que o motivo pelo qual eu não torço. Admito também que, sob muitos aspectos, ele tem razão. Contudo, penso que podemos ser bons torcedores, sem ser pessoas entorpecidas. Podemos celebrar a Copa das Copas e o bom momento do nosso país. Podemos lamentar a desclassificação da Seleção Brasileira e as injustiças que ainda experimentamos. Que façamos tudo isso com o coração cheio de esperança! Afinal, somos brasileiros e não desistimos nunca.

Luiz Felipe Xavier