segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O amor e o sentido da vida

O ser humano, de modo geral, é um ser que busca realização pessoal. Alguns pensam que se fizerem se realização; buscam fazer para ser. Outros pensam que se tiverem se realizarão; buscam ter para ser. Outros ainda pensam que se conhecerem se realizarão; buscam conhecer para ser. E por aí vai... No fundo, o que o ser humano busca é algo que realize o seu ser, algo que dê sentido à sua vida.
Refletindo sobre essa busca de todo ser humano, busca que também é minha, lembro-me do novo mandamento que Jesus deu aos seus discípulos: “(...) Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros. (...)” (Jo. 13:34-35).
Por meio desse mandamento, Jesus está propondo o estilo de vida e a identidade dos discípulos. Assim como ele nos amou, nós devemos amar uns aos outros. O amor deve ser o nosso estilo de vida. E quando o nosso estilo de vida for o amor todos saberão que nós somos discípulos de Jesus. Além de ser o nosso estilo de vida, o amor é também deve ser a nossa identidade.
Lembro-me também do convite que Jesus fez aos seus discípulos: (...) “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa e pelo evangelho, a salvará. Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou o que o homem poderia dar em troca da sua alma? (...) (Mc. 8:34-37).
Nesses versos, Jesus fala sobre o custo do discipulado e sobre o propósito do discipulado. O custo do discipulado é negar-se a si mesmo, tomar a cruz e seguir. É submeter-se à vontade de Jesus, discernir a vocação de Jesus e seguir os passos de Jesus. O propósito do discipulado é perder a vida para salvá-la. Perder a vida é gastar a vida por causa de Jesus e do Evangelho. Mas, quem está disposto a gastar a vida por causa de Jesus e do Evangelho? Somente aqueles que são identificados pelo amor como estilo de vida. Perder a vida por causa de Jesus e do Evangelho é viver para amar a Deus, em obediência, e ao próximo, em serviço. Jesus perdeu a vida para salvá-la e nos convida a fazer o mesmo. Logo, ao que parece, só o amor realiza o ser e dá sentido à vida.
Paremos um pouco e pensemos... Pensemos nos momentos quando nós perdemos de vista os nossos próprios interesses e servimos ao próximo. Num primeiro momento, nós não sentimos nenhum prazer nisso, afinal de contas, estamos nos esquecendo pelo outro. Mas, num segundo momento, depois de gastar a nossa vida em serviço ao próximo, nos sentimos totalmente realizados. Sentimos que o amor manifesto ao outro realiza o nosso ser e dá sentido à nossa vida. É como diz Eugene Peterson: “Se eu esquecer de mim mesmo e voltar-me para Deus, encontrarei a mim mesmo e a ele.”. Penso que isso acontece porque, quando amamos, nos identificamos, radicalmente, com o nosso amado Jesus.
Portanto, quem se diz discípulo não deve buscar a realização do ser e o sentido da vida no fazer, no ter ou no conhecer, mas no amar. Isso porque só amor realiza o ser e dá sentido à vida. É simples assim! Se é simples assim, que peçamos, com simplicidade, a graça de Jesus, que leva-nos a amar a Deus e ao nosso próximo. Que assim seja!

Luiz Felipe Xavier

Esse texto foi publicado na revista Ultimato, no. 343.

domingo, 20 de outubro de 2013

Da religiosidade falsa à espiritualidade verdadeira

Da religiosidade falsa à espiritualidade verdadeira

Mateus 23:1-12

20 de outubro de 2013

Luiz Felipe Xavier

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