quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Frankfurt... hora de voltar para casa

Deixando Berlim, nosso destino foi Frankfurt. Essa era nossa última viagem de trem. No início, planície, no fim, pequenas elevações. No início, todos os rios seguindo normalmente o seu curso, no fim, muitos rios extrapolando os limites do seu curso e gerando enchentes. Desembarcamos na estação central de Frankfurt, procuramos o “i” para informações e mapas e seguimos de metrô para o nosso hotel. Era sexta feira, 14 de janeiro.
Frankfurt é a terceira maior cidade da Alemanha, com cerca de 670 mil habitantes. Cortada pelo rio “Main”, a cidade é a capital financeira do país. O contraste entre o antigo e o novo pode ser visto em toda parte.
Para nossa surpresa, o nosso hotel, “Mercure Hotel Frankfurt Eschborn Sued”, situa-se numa cidade próxima à Frankfurt, chamada Eschborn. Nessa cidade, tudo é novo. Seu estrondoso crescimento é fruto da presença de grandes empresas em seu território (especialmente empresas do setor de comunicação). Suíte também confortável e muito silêncio.
Em Frankfurt, visitamos a “Kaiser Dom”, catedral imperial erguida no século XV e palco de diversas coroações, a “Zeil”, principal rua comercial da cidade, o “Main”, rio que havia transbordado dias antes da nossa chegada (o volume de suas águas ainda estava muito alto, impedindo o trânsito na avenida que o margeia). É... acho que o ritmo caiu consideravelmente...
Deixando a “Zeil”, comemos “Bratwurst”, ou seja, salsicha de porco com mostarda picante. Para beber, uma grata novidade: “Appflelwine”, isto é, vinho de maça. Muito bom!
O destaque de Frankfurt vai para o “Römerberg”, o “Morro dos Romanos”. Na verdade, não é morro, mas praça. Linda praça! Praça com casinhas edificadas entre os séculos XV e XVIII. Praça com o edifício da antiga prefeitura. Praça com uma fonte da justiça no centro. Praça com uma singela capela. Praça ao lado de um belo passadiço. Praça...
Finalmente, depois de um mês na Europa, retornamos ao Brasil na noite do dia 16 de janeiro. Das 64 fotos que tirei, 10 estão no meu Facebook.
Luiz Felipe Xavier.

Lutherstadt Wittenberg... especial

Durante a nossa estada em Berlim, separamos um dia para ir até Lutherstadt Wittenberg, cidade onde viveu Martinho Lutero e onde nasceu a Reforma Protestante (na viagem, terminei a leitura do livro Lutero, de A. Saussure). Cerca de cem quilômetros de Berlim, Lutherstadt Wittenberg pode ser considerada uma vila. Vila histórica, mas vila. Todos os principais pontos turísticos da cidade se localizam em uma rua, que começa no antigo mosteiro agostiniano e vai até o castelo. Toda ela pode ser percorrida em 15 minutos. Como chegamos antes das dez horas, o “i” ainda estava fechado. Logo, nos abrigamos numa cafeteria. Café, torta de chocolate e bate-papo é a melhor alternativa para esperar o tempo passar. As dez, em ponto, estávamos na frente do “i” para informações e mapas. Boas informações e micro-mapa, diga-se de passagem.
Do “i”, atravessamos a rua e nos deparamos com a porta da igreja do castelo, onde Lutero fixou as 95 teses que deram início à Reforma Protestante. Foi um momento singular. Olhando para a rua, em direção ao antigo mosteiro dos agostinianos, fiquei imaginando aquele monge caminhando com seus escritos nas mãos...
Depois de muitas imaginações e fotos (também do castelo), entramos na igreja. Da entrada é possível avistar o púlpito, onde o reformador pregou várias vezes. Do lado direito de quem segue em direção ao altar, dois enormes quadros: um do Lutero e outro do Melâncton (amigo de Lutero, também professor de teologia na Universidade de Wittenberg e peça chave para a Reforma Protestante). Um pouco depois do meio da nave, do lado direito, embaixo do púlpito, o local onde foi sepultado o corpo de Lutero. Numa linha reta, do lado esquerdo, o local onde foi sepultado o corpo de Melâncton. Um pouco mais adiante, aos pés do altar, o local onde foram sepultados os corpos de Frederico e João, príncipes que apoiaram a Reforma Protestante, de modo geral, e Lutero, de modo específico. Ao longo de toda a nave, ainda é possível observar pequenas estátuas dos principais reformadores e um monumento de bronze com a imagem de Lutero ao lado do seu símbolo predileto: a rosa branca.
Deixando a igreja do castelo, seguimos em direção à casa de Lutero, antigo mosteiro dos agostinianos. Cruzando a porta que dá para a rua principal, nos deparamos com um amplo jardim, onde se encontram uma estátua da Catarina de Bora (ex-freira e esposa do Lutero) e uma fonte. Hoje, a casa onde viveu o reformador é um museu. O maior museu do mundo sobre a Reforma Protestante. Ao todo, são quatro andares e mais de mil peças originais. Os andares mais importantes são o primeiro e o segundo. No primeiro, são apresentadas, em ordem cronológica, a história e os escritos de Lutero. No segundo, são apresentados, também em ordem cronológica, a história, os escritos e o quarto (que na verdade era uma sala de estar) de Lutero. Ao longo de toda a exposição, chama à atenção as telas de Cranach, artista e amigo de Lutero. Dentre o que é possível ver nesse impressionante museu, destaca-se: (...). No terceiro andar se encontram peças sobre a Reforma Protestante de modo geral, parte da biblioteca do século XVI e diversos retratos de Lutero. No subsolo há uma homenagem à Catarina de Bora. Ali são apresentadas as diversas atividades domésticas exercida por ela. Fica claro que atrás de um grande homem, quase sempre tem uma grande mulher.
Ao sair da casa do Lutero, vimos e fotografamos a “Casa do Melâncton” (infelizmente, não pudemos visitá-la, pois estava em reforma), o campus da “Universidade de Wittenberg” (onde Lutero e Melâncton lecionaram Teologia), a “Prefeitura” (onde, na frente, estão duas grandes esculturas da dupla Lutero e Melâncton), a “Igreja da Cidade” (onde se reunia o rebanho dos pastores Lutero e Bugenhagen), a “Casa do Cranach” (onde morou o artista plástico e amigo de Lutero) e o “Carvalho” (onde Lutero queimou os decretos e a bula do papa).
Em meio a vistas e fotos, fizemos uma pausa para o almoço. Que almoço! O melhor de todos os almoços em terras européias. Sabendo que alemães apreciam batatas, escolhemos uma casa especializada em batatas. Pedimos um prato para dois. Esse prato era composto por salada (pula essa parte), três tipos de batata (frita, cozida e recheada) e três tipos de carne (boi, porco e peru). Só de lembrar, a boca enche d’água. Em homenagem ao Lutero, a bebida foi cerveja. Ah! Descobrimos que a dele era feita pela Catarina de Bora com cevada doada pelo príncipe Frederico.
Por fim, voltamos à Berlim na noite do mesmo dia. No trem, orações de gratidão ao Deus que de uma vila pode levantar uma pessoa e um movimento capaz de mudar a história da igreja no mundo todo. Das 409 fotos que tirei, 25 estão no meu Facebook.
Luiz Felipe Xavier.

Berlim... terra de gente sofrida

Deixando Praga, nosso destino foi Berlim. Durante o tempo de viagem, dei continuidade à leitura do livro Lutero, de A. Saussure (por três capítulos não terminei). Novamente, a diferença entre a República Tcheca e, desta vez, a Alemanha é perceptível. Depois de cruzada a fronteira, as construções ficaram maiores e muito mais conservadas (especialmente nos arredores de Dresden). Tendo desembarcado na estação central de Berlim (a maior, mais inteligente e mais moderna que já estive), procuramos o “i” para informações e mapas e seguimos de metrô para o nosso hotel. Era segunda feira, 10 de janeiro.
Com três milhões e quatrocentos mil habitantes, Berlim é a capital da Alemanha. Cortada pelo rio “Spree” (embora o mesmo pareça nada determinar do ponto de vista urbanístico), a cidade é extremamente plana e desenvolvida. Pensando apenas em transporte público, há trem, metrô, tram e ônibus. Semelhante à República Tcheca, a história recente da Alemanha é marcada por intensas mudanças: em 1919, após a derrota na primeira guerra mundial, a república é proclamada; em 1933, sob a liderança de Adolf Hitler, o Partido Nacional-Socialista assume o poder; em 1939, os nazistas invadem a Polônia, dando início à segunda guerra mundial; em 1945, após nova derrota, a Alemanha é dividida pelos aliados; em 1949, o mapa-múndi retrata dois Estados alemães, o Oriental (comunista) e o Ocidental (capitalista); em 1961, o conhecido Muro de Berlim é erguido, ressaltando fisicamente essa divisão; em 1989, vinte e oito anos depois, cai o Muro de Berlim; e em 1990, um ano depois, acontece a reunificação da Alemanha. É válido destacar que quase todas essas mudanças históricas acontecem tendo Berlim como protagonista.
O nosso hotel, Mercure Hotel Berlin Mitte, situa-se na antiga parte ocidental de Berlim. Embora bem localizado (dele é possível conhecer os principais pontos turísticos a pé), seus arredores não são agradáveis aos olhos. Da porta, o que se vê são trilhos suspensos e estacionamentos lotados. Suíte confortável, com som ambiente do metrô passando (mas não incomoda muito). Chama à atenção uma das paredes de fora do hotel toda grafitada (tem até uma índia desenhada ali).
À medida que crescia a vontade de voltar para casa, tentávamos reunir forças para visitar os principais pontos turísticos de Berlim. Na cidade, visitamos a “Potsdamer Platz”, terra de ninguém durante o tempo em que o Muro de Berlim ficou de pé (hoje, centro comercial), o “Berliner Mauer”, pedaços do muro de Muro de Berlim espalhados pela cidade (os paralelepípedos vermelhos por onde o muro passava são muito interessantes), o “Museum Haus am Checkpoint Charlie”, museu dedicado ao Muro de Berlim, a “Alexanderplatz”, praça-coração da cidade, o “Weltzeituhur”, relógio que mostra a hora nas principais cidades do mundo, a “Rotes Rathaus”, a conhecida prefeitura vermelha, o “Brunnen der Völkerfreundschaff”, monumento que celebra a paz entre os povos, “Fernsehturm”, torre com 203,78 metros de altura de onde é possível ter a melhor visão de Berlim (a experiência de comer no restaurante móvel no alto da torre foi bacana), a “Unter den Linden”, principal rua da cidade (liga a Alexanderplatz ao Brandenburger Tor), a “Berliner Dom”, a maior igreja protestante do século XIX, a “Humboldt Universität”, universidade onde estudou Karl Marx, o “Deutsche Staatsoper”, principal teatro da cidade com arquitetura semelhante a de um templo coríntio, o “Brandenburger Tor”, portal utilizado como entrada e saída da cidade (único preservado dos quatorze que existiam), o “Reichstag”, edifício do parlamento alemão, o “Tiergarten”, maravilhoso parque no centro da cidade, o “Neue Wache”, monumento em homenagem aos soldados da primeira guerra mundial, a “Siegessäule”, enorme coluna que marca a vitória prussiana sobre os franceses (entre 1870 e 1871) e a “Gendarmenmarkt”, praça composta por um teatro e duas catedrais idênticas (uma alemã e outra francesa).
Em Berlim tivemos uma discreta, mas importante experiência gastronômica. Comemos “Curry Wurst”, salsicha com mostarda (quando provei essa última, saíram lágrimas dos meus olhos), “Um prato que eu não sei o nome”, carne de porco, batata e repolho (chucrute) e “Tiramisu”, deliciosa torta de café. Além disso, degustamos a “Berliner Weisse”, cerveja misturada com xarope de framboesa (Thaís gostou mais que eu).
O destaque de Berlim vai para o “Topographie des Terrors”, museu que apresenta a história do nazismo. Com bons textos e impactantes fotos, o acervo desse museu cobre o período de 1933 (início da ascensão de Adolf Hitler) a 1945 (fim da segunda guerra mundial). Choca-nos a percepção da maldade humana. Como pode um ser humano mobilizar tantas pessoas para perseguir, gratuitamente, tantos outros seres humanos? Seus alvos principais eram judeus, comunistas, ciganos, homossexuais, deficientes físicos e qualquer um que se apresentasse como resistência. No meio dos perseguidos, encontrei uma foto do Dietrich Bonhoeffer. Porém, o que mais me deixou perplexo foi um cartaz onde se encorajava o extermínio de deficientes físicos. O argumento desse cartaz era o seguinte: uma vez que, ao longo de sua vida, um deficiente físico tem um determinado custo para o governo e não produz nada, tal deficiente físico deve ser exterminado. Que Deus tenha misericórdia de Berlim, terra de gente sofrida!
Finalmente, deixamos Berlim na manhã de sexta, 14 de janeiro, em direção à Frankfurt. Das 275 fotos que tirei, 30 estão no meu Facebook.
Luiz Felipe Xavier.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Praga... realmente bela

De Viena, seguimos para Praga. A viagem foi tranqüila, marcada pelo início da leitura do livro Lutero, de A. Saussure (numa sentada, quase cheguei à metade). A diferença entre a Áustria e a República Tcheca é notável. Uma vez transposta a fronteira, é possível perceber que as construções se tornam menores e menos conservadas. Depois de uma longa viagem, desembaraçamos na estação central de Praga, trocamos dinheiro (de euro para coroa tcheca), procuramos o “i” para informações e mapas, e ficamos esperando pela pessoa que iria nos buscar. Era sexta feira, dia 07 de janeiro.
Com um milhão e trezentos mil habitantes, Praga é a capital da República Tcheca (antiga região da Boêmia e da Morávia) e a grande metrópole do leste europeu. A cidade é cortada pelo rio “Vltava” (ou Moldava), que a divide em “Cidade Alta” e “Cidade Baixa” (assim como em Lausanne). A história recente da República Tcheca é marcada por intensas mudanças: em 1918, após a primeira guerra mundial, surge a Tchecoslováquia; em 1939, os nazistas anexam o país à Alemanha; do início da década de 60 até o final da década de 80, a nação vive sob o governo comunista (que, segundo ouvi, foi bom para os pobres e ruim para os ricos, mas privava a todos de liberdade); em 1992, acontece a separação entre tchecos e eslovacos; em 1993, nasce a República Tcheca; e, 2004, o país integra a União Européia. Em meio a tantas mudanças, Praga mantém seu charme medieval. Além disso, no ano 2000, a cidade recebeu o título de Metrópole da Cultura.
Pela primeira vez nessa viagem, ficamos hospedados em uma casa de família. Fomos recebidos por um casal, um brasileiro (filho de amigos da nossa igreja) e uma tcheca. Da união desse casal nasceu uma linda menina, que alegra aquele lar. Durante o tempo que vivemos ali, nos sentimos muito bem acolhidos. Eles faltavam adivinhar o que queríamos e faziam de tudo para nos agradar. Aproveitando essa oportunidade, gostaríamos de agradecê-los pela maravilhosa hospitalidade.
Em Praga, tivemos as nossas melhores experiências gastronômicas. Entre elas se destacam a “Svickova” (carne de boi, molho, limão, cranberry, creme de leite e muito “dumpling” – algo delicioso que parece um bolo de pão), “Gulas”, (carne de boi, molho, “dumpling”), “Sem nome”, (pato, repolho roxo cozido e “dumpling” de batata) e “Vepro Knedlo Zelo” (carne de porco, repolho cozido e “dumpling”). Esse último é o melhor. Além disso, comemos pão com lingüiça e bebemos cerveja tcheca (a “Pilsner Urquell” e “Budweiser Budvar” – original). Thaís ainda comeu um pãozinho doce, assado em um rolo e mergulhado em açúcar e canela. Resumindo, através dos comes e bebes, tivemos uma excelente experiência cultural.
Mesmo já cansados da viagem, em Praga, visitamos o “Národní Muzeum”, o museu nacional (nesse, não entramos), o “Komunismu Muzeum”, museu que conta a história do comunismo na Tchecoslováquia, a “Prasná Brána”, fortificação edificada em 1475 (conhecida como a Torre da Pólvora), “Obecní Dum”, a casa municipal (situada ao lado da Torre da Pólvora), “Staromestsqé Námestí”, a praça mais antiga da cidade (onde se encontra o famoso relógio astronômico, a igreja cujas torres representam Adão e Eva, e um monumento em homenagem ao pré-reformador John Huss – em tcheco, Jan Hus), o “Josefov”, um bairro judeu permeado de sinagogas, a “Kampa”, uma região que abriga um parque e que é cortada por canais (lembra Bruges, na Bélgica), o “Dancing House”, um prédio que aparenta estar dançando, a “Karluvmost”, ponte de 515 metros de cumprimento construída em 1357 (também conhecida como “Charles Bridge”), o “Prazsky Hrad”, o também famoso castelo da cidade (no complexo da fortaleza encontram-se uma catedral e uma basílica, essa última do século IX), e a “Václavské Nám.”, rua onde se encontra uma movimentada feira de inverno.
O destaque de Praga vai para a “Betlémská Kaple”, capela onde pregava o pré-reformador John Huss. Logo no início da visita, falei com a nossa guia que sou professor de Teologia no Brasil, que já estudei e ensinei sobre a vida de Huss e que estava muito feliz de estar ali. Devido a essas palavras, ela me trouxe um folder especial de presente, gesto que muito me alegrou. Tendo visto e fotografado toda a capela, vi e fotografei todo o museu. Nesse museu destaca-se a linha do tempo que conta a história da Reforma Protestante (do período pré ao período pós Lutero). Na loja de souvenires, preparando para ir embora, fui surpreendido por uma funcionária que me perguntou se eu pregava no Brasil. Tendo dito que sim, ela me levou ao mesmo púlpito onde pregou Huss. Confesso que orei e me emocionei ali.
Por fim, deixamos Praga na manhã de segunda, 10 de janeiro, em direção à Berlim. Das 413 fotos que tirei, 30 estão no meu Facebook.
Luiz Felipe Xavier.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Viena... uma cidade imperial

Deixando Salzburgo, nosso destino foi Viena. Essa viagem transcorreu de modo diferente da anterior. Primeiro, porque o nosso trem estava extremamente vazio; segundo porque, da nossa janela, o que avistávamos não era mais os Alpes, mas as planícies (com esparsas elevações); e terceiro porque, tudo que havia começado branco, devido à neve, ganhou suas próprias cores. Desembarcamos em uma estação secundária de Viena, procuramos o “i” para informações e mapas, porém, sem encontrá-lo, como em Innsbruck, e seguimos de metrô para o nosso hotel.
Com cerca de um milhão e seiscentos mil habitantes (mesma população de Barcelona), Viena é a capital da Áustria. Cortada pelo rio Danúbio, no passado, a cidade era o centro do império Austro-Húngaro. É exatamente por causa disso que seus ares são imperiais. São vários e belos os seus castelos. Viena também foi responsável pela consagração de gênios como Mozart, Beethoven, Brahms, os Meninos Cantores, os filósofos do Círculo e, especialmente, Freud, o pai da psicanálise.
O nosso hotel, “Suite Novotel Wien Messe”, situa-se próximo ao centro da cidade. De metrô, são poucos minutos. Apesar de ser o hotel mais luxuoso que nos hospedamos até agora, peca no que tange à segurança. Não há um rígido controle de quem entra e de quem sai. Nossa suíte era grande, com vista para o interior do hotel (muito diferente da que tivemos em Innsbruck e Salzburgo).
Em Viena, visitamos a “Stephansdom”, a Catedral de Santo Estêvão (toda em estilo gótico), as “Catacumbas”, um cemitério onde é possível encontrar desde túmulos de pessoas importantes (como membros da família imperial e arcebispos) até ossos daqueles que morreram em conseqüência da peste (todos amontoados... muito macabro), o “Sigmund Freud Museum”, casa onde o pai da psicanálise viveu e trabalhou (pensei na minha sogra o tempo todo), o complexo “Hofburg”, dois prédios que foram sede administrativa do império Austro-Húngaro (no “Palácio Imperial” se encontram três museus: o “Silberkammer”, que expõe a prataria imperial, o “Kaiserappartments”, que expõe os apartamentos imperiais, e o “Sisi Museum”, que expõe objetos relacionados à vida da imperatriz Sisi; no “Novo Palácio Imperial” se encontram mais três museus que, infelizmente, não visitamos) e o “Schloss Belvedere”, dois palácios separados por um enorme jardim (nesses dois palácios se encontram três museus).
Também diferentemente de Salzburgo e Innsbruck, em Viena não tivemos grandes experiências gastronômicas. Exceto uma pizza, que comemos num shopping, pela primeira vez, preparamos nossas refeições no hotel. Foi bacana comer lasanha comprada no supermercado e tomar vinho austríaco (não muito bom, se comparado aos demais que experimentamos).
O destaque de Viena vai para o “Schloss Schönbrunn”, a antiga residência de verão da família imperial. Popularmente, essa residência é chamada de Palácio da Sisi (cenas do filme sobre a imperatriz foram gravadas ali). Nele se encontram a “Sala dos Espelhos”, local onde Mozart apresentou seu primeiro concerto à realeza (com apenas seis anos de idade), a “Sala de Napoleão”, local onde o imperador hospedou-se (e onde seu único filho legítimo morreu), e a “Sala dos Milhões”, local onde se encontram vários pergaminhos antigos (decorando as paredes). Do lado de fora, existe um gigantesco jardim que, lamentavelmente, no inverno não tem a mesma beleza. No alto de uma colina, se encontra um esplendoroso monumento chamado “Gloriette”, em homenagem aos soldados que serviram ao império Austro-Húngaro. Além disso, anexos ao jardim, se encontram o zoológico da cidade e o labirinto de arbustos. Ficamos impressionados que, apesar do frio, muitas pessoas corriam no parque em torno do jardim.
Finalmente, deixamos Viena ao meio dia de quinta, 07 de janeiro, dia do aniversário da minha sogra, em direção à Praga. Das 282 fotos que tirei, 15 estão no meu Facebook.
Luiz Felipe Xavier.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Salzburgo... lugar onde tudo lembra música

Avançando em terras austríacas, fomos, de trem, de Innsbruck à Salzburgo. Ainda em Innsbruck, conhecemos um simpaticíssimo casal espanhol, que também estava indo para Salzburgo. Ele é matemático, ela é bióloga; ele já esteve no Brasil (enquanto fazia um “mochilão” pela América do Sul), ela deseja muito conhecer o nosso país. Acho que nos identificamos com esse casal porque eles também amam viajar. Voltando à viagem, como era domingo, dia 2 de janeiro, o trem estava completamente lotado. Só para se ter uma idéia, havia muitas malas espalhadas pelos corredores e, pela primeira vez, Thaís e eu não pudemos assentar juntos. Tendo chegado à estação central de Salzburgo, que estava em reforma, contamos com a ajuda do casal espanhol para carregar as nossas malas, procuramos o “i” para informações e mapas e seguimos, de ônibus, para o nosso hotel.
Com cerca de cento e quarenta e cinco mil habitantes, Salzburgo é a capital da música clássica. Quase na fronteira com a Alemanha, a cidade é cortada pelo rio “Salzach”, que a divide em “Cidade Antiga” e “Cidade Nova” (assim como em Genebra). Salzburgo é a cidade natal de Mozart e da família Von Trapp (do clássico “A noviça rebelde”). Além disso, o centro da “Cidade Antiga” é considerado patrimônio histórico da humanidade.
O nosso hotel, “Mercure Salzburg Kapuzinerberg”, situa-se na “Cidade Nova”, a dois quarteirões de outro Mercure, o que nos confundiu um pouco. Prédio grande, suíte espaçosa e bela vista. Vista de montanha coberta de neve. Pela primeira vez, compramos tudo que precisávamos no próprio hotel, especialmente o nosso “Salzburg Card”. Assim como o “Innsbruck Card”, ele nos garante a entrada nas principais atrações turísticas da cidade e transporte.
A experiência gastronômica em Salzburgo foi rica. Em primeiro lugar, comemos o “Wiener Schnitzel”, um filé de vitela. Como acompanhamento, batatas assadas ou talharim italiano. Em segundo lugar, também comemos o tradicional “Apfelstrudel”, uma massa folheada, recheada de maçã. Como acompanhamento, sorvete ou creme de baunilha. Em terceiro e último lugar, comemos um “Schlierbacher Klosterkäse”, um queijo de cheiro forte, sabor suave e densidade macia. Como acompanhamento, vinho, também italiano.
Em Salzburgo, visitamos o “Cemitério St. Peters”, que foi inaugurado no século VIII e abriga as tumbas das famílias mais importantes da cidade, a “Mozarts Geburtshaus”, casa onde Mozart nasceu e viveu até seus 17 anos, a “Mozarts Wohnhaus”, casa para onde Mozart mudou-se e viveu (antes de mudar-se, definitivamente, para Vienna), a “Dom”, a catedral construída entre 767-774 (nela se encontram três grandes portas de bronze que simbolizam fé, amor e esperança), o “Salzach”, rio de águas cristalinas que corta a cidade, o “Sound of Music Tour”, um passeio pelos locais onde o clássico “A noviça rebelde” foi filmado (esse foi o destaque da Thaís) e pelos arredores de Salzburgo (numa encantadora região conhecida como “Sete Lagos”), e o “Mirabell Schloss”, castelo edificado no século XVII (nos fundos, encontra-se uma fonte que também aparece no filme “A noviça rebelde”).
O destaque de Salzburgo vai para a “Festung Hohensalzburg”, ou simplesmente, a fortaleza. Vista, no alto de uma montanha, de quase todos os lugares da “Cidade Antiga”, essa é a única fortaleza da Europa Ocidental que se manteve intacta até os dias de hoje. Até ela, subimos de trenzinho (mas também é possível subir a pé). Dentro dos seus altos muros, o espaço é enorme. Em uma situação de guerra, é para lá que a população da cidade deveria se dirigir (tudo o que é necessário durante um período de cerco está ali). Nesse espaço, encontra-se o castelo, que virou museu. Museu de guerra, com as roupas dos oficiais (de 1682 a 1935), com os armamentos e as munições (característicos de cada período), com os instrumentos de comunicação (destaque para uma central telefônica completa), com os instrumentos de tortura (especialmente máscaras) e com as maquetes (de abrigos para os militares em batalha e da construção do próprio castelo). O salão dourado é impressionante. Nele, temos a impressão de que retornamos, historicamente, para a Idade Média. Por ser uma fortaleza e por estar no alto de uma montanha, de lá se tem a melhor vista de Salzburgo e arredores. Se de dia é lindo, no fim de tarde, quando as luzes da cidade estão sendo acesas, é de cair o queixo.
Por fim, deixamos Salzburgo na manhã de terça, dia 04 de janeiro, em direção à Viena. Das 336 fotos que tirei, 15 estão no meu Facebook.
Luiz Felipe Xavier.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Innsbruck... capital dos Alpes

Seguindo viagem, de Zurique fomos, de trem, para Innsbruck. Que viagem maravilhosa! Ensolarado dia, belos lagos, profundos vales, alpinas montanhas e muitas fotos. Assim transpomos a fronteira da Suíça para a Áustria: embasbacados com o a glória de Deus estampada na criação. Chegando à estação central de Innsbruck, procuramos o “i” para informações e mapas, mas não o encontramos. Logo, fomos até uma loja de suvenires para comprar um mapa da cidade. Encontramos tanto favor aos olhos do senhor de idade que nos recebeu que ele nos deu o mapa. Depois disso, fomos, de ônibus, até o nosso hotel (que pensávamos ser albergue). Era sexta feira, 31 de dezembro, último dia de 2010.
Com cerca de cento e vinte e oito mil habitantes, Innsbruck é a capital do estado austríaco do Tirol e dos Alpes. Cortada pelo rio Inn (de onde deriva o significado do seu nome “Ponte do rio Inn”), é famosa pelas montanhas que a rodeiam. Essas montanhas sempre têm os seus picos cobertos de neve e de todos os pontos da cidade é possível avistá-las. Innsbruck também é conhecida pelos Swarovski, belíssimos cristais vendidos em todo o mundo. Sede das Olimpíadas de Inverno, em 1964 e 1976, é a cidade mais visitada do Tirol.
Quando saímos do Brasil, pensávamos que, em Innsbruck, ficaríamos em um albergue. Para nossa surpresa, não ficamos em um albergue, mas em um hotel. Hotel simples, anexado a um convento de freiras. Da janela do nosso quarto, a vista era dos Alpes. Um quadro lindo de se ver! O “Haus Marillac” situa-se próximo ao rio Inn, a dez minutos, a pé, do centro histórico da cidade. Uma senhora muito acolhedora (acho que ela é freira), um quarto bom (um pouco frio) e um excelente café da manhã (até Nutella tinha e à vontade).
Em Innsbruck, visitamos o “Parque Hofgarten”, fundado pelo arquiduque Ferdinando (no século XVI), a “Maria Theresien Strasse”, a principal rua de comércio da cidade, a “Herzog-Friedrich-Strasse”, continuação da “Maria Theresien Strasse”, o “Triumphpforte” e a “Annasäule”, um mini arco do triunfo e uma coluna em homenagem a retirada dos bávaros (povo germânico, oriundo da Boêmia, atual Republica Tcheca), o “Goldenes Dachl”, um palácio com telhado dourado que abriga o “Maximilianeum” (museu dedicado ao imperador Maximiliano I, um dos pioneiros do alpinismo), a “Hofkirche”, a igreja dedicada também ao imperador Maximiliano I (onde está o túmulo do arquiduque Ferdinando, e vinte e oito estátuas gigantes dos reis e duques do Tirol), o “Hofburg”, o palácio imperial dos Habsburgo no Tirol (destaque para os quadros da rainha Thereza e seus 16 filhos, e da Sissi, imperatriz da Áustria), o “Alpen Zoo”, zoológico com animais típicos dos Alpes, e o rio “Inn”, que corta toda a cidade. Essas três últimas e mais algumas atrações estavam incluídas no “Innsbruck Card”, que compramos no primeiro dia.
No que tange à gastronomia, em Innsbruck, tivemos duas experiências significativas. A primeira foi o típico pão com duas salsichas (uma branca e outra vermelha) e vinho quente. Ao que me parece, essa é uma expressão da influência alemã sobre a Áustria. A segunda foi o “Kaiser Schmarrn”, pequenos pedaços de bolo (parecidos com panquecas) e molho de frutas. O molho que eu comi era de maçã.
O destaque de Innsbruck são os Alpes. Sem medo de ser hiperbólico, esse foi o lugar mais lindo que já estive em toda a minha vida (a Thaís disse o mesmo). Subimos pelo teleférico (“Hungerburgbahn”). Na verdade, a primeira metade é de trenzinho e a segunda é de teleférico. Do Congresso até o topo, são cinco paradas: a primeira, em “Löwenhaus”, ainda na cidade; a segunda, no “Alpenzoo”, a 750 metros de altitude; a terceira, em “Hungerburg”, a 860 metros de altitude (área residencial onde acontece a troca do trenzinho para o teleférico); a quarta, em “Seegrube”, a 1.905 metros de altitude (onde se localiza a estação de ski); e a quinta, em “Hafelekar”, a 2.256 metros de altitude. De “Hafelekar” ainda é possível chegar ao topo da última montanha, a mais de 2.300 metros de altitude, onde se encontra uma bela cruz. Thaís e eu fomos direto até “Seegrube”, onde paramos para apreciar a vista e tirar algumas fotos. De lá, subimos para “Hefelekar”, de onde decidimos subir, a pé, até o topo da última montanha. Subida cansativa e vista gratificante. Do topo, onde, como eu disse, se encontra uma bela cruz, têm-se a melhor vista dos Alpes, das estações de ski, de Innsbruck e do vale. Atrás, simplesmente, um mar de montanhas alpinas. O que se contempla de lá é indizível e infotografável (se é que existe essa palavra). Começamos 2011 em altíssimo nível, literalmente.
Finalmente, deixamos Innsbruck na manhã de domingo, dia 02 de janeiro, em direção à Salzburgo. Das 443 fotos que tirei, 45 estão no meu Facebook.
Luiz Felipe Xavier.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Zurique... última parada na Suíça

Deixando para trás o belo “Lac Lémam”, de Lausanne seguimos, de trem, para Zurique. Para trás, deixamos também o ainda familiar francês, de Genebra e de Lausanne, e seguimos em direção ao desconhecido alemão, de Zurique. Tendo passado pela capital Berna, desembarcamos na estação central de Zurique, trocamos um pouco mais de dinheiro, passamos no “i” para informações e mapas e seguimos de tram (uma versão evoluída do bonde) para o nosso hotel. Era quarta feira, 29 de dezembro.
Zurique é a grande metrópole suíça, com cerca de trezentos e quarenta mil habitantes. Cortada pelo rio “Limmat” (que é alimentado pelas águas do lago “Zürichsee”), a cidade é famosa por seus bancos. Tudo o que se encontra nos grandes centros urbanos é possível encontrar em Zurique, até favela (ou melhor, favelinha, na periferia da cidade... podem acreditar).
Como está implícito no nome, nosso hotel, “Novotel Zurich Airport Messe”, situa-se próximo ao aeroporto. O problema é que, em geral, aeroportos ficam longe dos centros. Isto é, apesar de quatro estrelas, suíte (quase presidencial...) e internet no quarto, nosso hotel ficava muito longe de tudo. Só para se ter uma idéia, do hotel ao centro da cidade, de tram, gastávamos cerca de meia hora. Confesso que ficamos com saudades dos albergues de Madrid e de Barcelona.
No que se refere à gastronomia, em Zurique tivemos experiências contrastantes. Essas experiências variaram de vinho e queijo suíços (vinho da tradicional região de Lausanne e queijo Camembert) à cerveja e salsicha alemãs (devido à influência germânica sobre esse cantão da Suíça). É fascinante perceber os elementos culturais que nos são transmitidos através das comidas típicas de cada lugar. Nós amamos isso!
Em Zurique, visitamos o “Monumento em homenagem a Zwínglio”, uma estátua do principal articulador da Reforma Protestante nessa cidade, a “Grossmünster”, igreja onde Zwínglio pregava (destaque para suas duas belas torres), a “St. Peter Kirche”, igreja que se difere das demais por seu púlpito na frente, no centro e no alto da nave (destaque para a torre na qual se encontra o relógio mais largo de toda a Europa, com 8,70m. de diâmetro), a “Fraumünster”, igreja famosa por seus maravilhosos vitrais (destaque para a torre mais alta das três principais igrejas do centro histórico), a “Banhofstrasse”, rua comercial onde se encontram lojas das principais marcas do mundo (especialmente vestuário), a “Augustinergasse”, ruela repleta de casas rústicas, a “Universität”, construída em 1864 e ampliada posteriormente, o rio “Limmat”, que corta a cidade de ponta a ponta, e o lago “Zürichsee”, que, infelizmente, só pude ver à noite.
É válido ressaltar que o movimento anabatista (hoje, batista) também surgiu em Zurique, quando alguns discípulos de Zwínglio, desejosos de voltar ainda mais aos valores do Novo Testamento, foram rebatizados em uma fonte de uma praça da cidade. Infelizmente, ninguém sabia informar, precisamente, a praça e a fonte. Logo, visitamos e fotografamos várias, na esperança de ter sido em uma delas.
O destaque de Zurique vai para a sede da FIFA. Nós a visitamos num dia de muita neblina. Mesmo assim, do lado de fora, foi possível observar alguns monumentos sobre futebol e os vários campos totalmente cobertos de neve. Por incrível que pareça, esse foi o lugar onde fomos mais bem tratados, até agora. Logo na entrada do prédio principal, encontramos uma jovem senhora que poderia ganhar o “Troféu Simpatia”. Lá dentro, fomos recebidos por uma moça que poderia ganhar o “Troféu Gentileza”. Por falar em troféu, vimos e fotografamos uma réplica do da Copa do Mundo. Ao lado de outros troféus oficiais da FIFA, vimos uma coluna onde estão listados os nomes de todas as seleções campeãs mundiais. Ah! Fotografei a Thaís ao lado do mascote da copa da África (ele era maior que ela). Aproveitando a oportunidade, compramos alguns presentes e fizemos propaganda de Belo Horizonte, uma das sedes da Copa de 2014, no Brasil.
Como Zurique foi nossa última parada na Suíça, gostaria de destacar três impressões acerca do que observei nesse país. Em primeiro lugar, as igrejas de tradição reformada possuem uma Bíblia aberta no centro da nave, um púlpito em um dos lados da nave, uma pia batismal e um órgão de tubos. Penso que isso comunica alguns valores como, a centralidade das Escrituras, a ênfase na pregação, a necessidade do batismo (inicialmente de crianças, mantendo a tradição herdada do catolicismo romano, e posteriormente de crentes em Jesus, sob influência dos anabatistas) e a importância da música. Em segundo lugar, em todas as cidades que visitamos, o transporte público é livre. Não é preciso passar em roletas antes ou dentro do ônibus, tram ou metrô. Cada um pode entrar e viajar pelo que quiser. Mas, caso seja exigido por um fiscal é necessário mostrar a passagem comprada. Se a passagem não for apresentada, a pessoa é multada imediatamente. Livre não quer dizer de graça. Em terceiro e último lugar, a diferença entre os cantões é claramente perceptível. A maior evidência disso é a língua. Inacreditavelmente, passamos certo aperto em Genebra e Lausanne, onde muitas pessoas não falavam inglês.
Por fim, deixamos Zurique na manhã de sexta, dia 31 de dezembro, último dia de 2010, em direção à Innsbruck. Das 203 fotos que tirei, 15 estão no meu Facebook.
Luiz Felipe Xavier.