terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Innsbruck... capital dos Alpes

Seguindo viagem, de Zurique fomos, de trem, para Innsbruck. Que viagem maravilhosa! Ensolarado dia, belos lagos, profundos vales, alpinas montanhas e muitas fotos. Assim transpomos a fronteira da Suíça para a Áustria: embasbacados com o a glória de Deus estampada na criação. Chegando à estação central de Innsbruck, procuramos o “i” para informações e mapas, mas não o encontramos. Logo, fomos até uma loja de suvenires para comprar um mapa da cidade. Encontramos tanto favor aos olhos do senhor de idade que nos recebeu que ele nos deu o mapa. Depois disso, fomos, de ônibus, até o nosso hotel (que pensávamos ser albergue). Era sexta feira, 31 de dezembro, último dia de 2010.
Com cerca de cento e vinte e oito mil habitantes, Innsbruck é a capital do estado austríaco do Tirol e dos Alpes. Cortada pelo rio Inn (de onde deriva o significado do seu nome “Ponte do rio Inn”), é famosa pelas montanhas que a rodeiam. Essas montanhas sempre têm os seus picos cobertos de neve e de todos os pontos da cidade é possível avistá-las. Innsbruck também é conhecida pelos Swarovski, belíssimos cristais vendidos em todo o mundo. Sede das Olimpíadas de Inverno, em 1964 e 1976, é a cidade mais visitada do Tirol.
Quando saímos do Brasil, pensávamos que, em Innsbruck, ficaríamos em um albergue. Para nossa surpresa, não ficamos em um albergue, mas em um hotel. Hotel simples, anexado a um convento de freiras. Da janela do nosso quarto, a vista era dos Alpes. Um quadro lindo de se ver! O “Haus Marillac” situa-se próximo ao rio Inn, a dez minutos, a pé, do centro histórico da cidade. Uma senhora muito acolhedora (acho que ela é freira), um quarto bom (um pouco frio) e um excelente café da manhã (até Nutella tinha e à vontade).
Em Innsbruck, visitamos o “Parque Hofgarten”, fundado pelo arquiduque Ferdinando (no século XVI), a “Maria Theresien Strasse”, a principal rua de comércio da cidade, a “Herzog-Friedrich-Strasse”, continuação da “Maria Theresien Strasse”, o “Triumphpforte” e a “Annasäule”, um mini arco do triunfo e uma coluna em homenagem a retirada dos bávaros (povo germânico, oriundo da Boêmia, atual Republica Tcheca), o “Goldenes Dachl”, um palácio com telhado dourado que abriga o “Maximilianeum” (museu dedicado ao imperador Maximiliano I, um dos pioneiros do alpinismo), a “Hofkirche”, a igreja dedicada também ao imperador Maximiliano I (onde está o túmulo do arquiduque Ferdinando, e vinte e oito estátuas gigantes dos reis e duques do Tirol), o “Hofburg”, o palácio imperial dos Habsburgo no Tirol (destaque para os quadros da rainha Thereza e seus 16 filhos, e da Sissi, imperatriz da Áustria), o “Alpen Zoo”, zoológico com animais típicos dos Alpes, e o rio “Inn”, que corta toda a cidade. Essas três últimas e mais algumas atrações estavam incluídas no “Innsbruck Card”, que compramos no primeiro dia.
No que tange à gastronomia, em Innsbruck, tivemos duas experiências significativas. A primeira foi o típico pão com duas salsichas (uma branca e outra vermelha) e vinho quente. Ao que me parece, essa é uma expressão da influência alemã sobre a Áustria. A segunda foi o “Kaiser Schmarrn”, pequenos pedaços de bolo (parecidos com panquecas) e molho de frutas. O molho que eu comi era de maçã.
O destaque de Innsbruck são os Alpes. Sem medo de ser hiperbólico, esse foi o lugar mais lindo que já estive em toda a minha vida (a Thaís disse o mesmo). Subimos pelo teleférico (“Hungerburgbahn”). Na verdade, a primeira metade é de trenzinho e a segunda é de teleférico. Do Congresso até o topo, são cinco paradas: a primeira, em “Löwenhaus”, ainda na cidade; a segunda, no “Alpenzoo”, a 750 metros de altitude; a terceira, em “Hungerburg”, a 860 metros de altitude (área residencial onde acontece a troca do trenzinho para o teleférico); a quarta, em “Seegrube”, a 1.905 metros de altitude (onde se localiza a estação de ski); e a quinta, em “Hafelekar”, a 2.256 metros de altitude. De “Hafelekar” ainda é possível chegar ao topo da última montanha, a mais de 2.300 metros de altitude, onde se encontra uma bela cruz. Thaís e eu fomos direto até “Seegrube”, onde paramos para apreciar a vista e tirar algumas fotos. De lá, subimos para “Hefelekar”, de onde decidimos subir, a pé, até o topo da última montanha. Subida cansativa e vista gratificante. Do topo, onde, como eu disse, se encontra uma bela cruz, têm-se a melhor vista dos Alpes, das estações de ski, de Innsbruck e do vale. Atrás, simplesmente, um mar de montanhas alpinas. O que se contempla de lá é indizível e infotografável (se é que existe essa palavra). Começamos 2011 em altíssimo nível, literalmente.
Finalmente, deixamos Innsbruck na manhã de domingo, dia 02 de janeiro, em direção à Salzburgo. Das 443 fotos que tirei, 45 estão no meu Facebook.
Luiz Felipe Xavier.

Nenhum comentário:

Postar um comentário