quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Salzburgo... lugar onde tudo lembra música

Avançando em terras austríacas, fomos, de trem, de Innsbruck à Salzburgo. Ainda em Innsbruck, conhecemos um simpaticíssimo casal espanhol, que também estava indo para Salzburgo. Ele é matemático, ela é bióloga; ele já esteve no Brasil (enquanto fazia um “mochilão” pela América do Sul), ela deseja muito conhecer o nosso país. Acho que nos identificamos com esse casal porque eles também amam viajar. Voltando à viagem, como era domingo, dia 2 de janeiro, o trem estava completamente lotado. Só para se ter uma idéia, havia muitas malas espalhadas pelos corredores e, pela primeira vez, Thaís e eu não pudemos assentar juntos. Tendo chegado à estação central de Salzburgo, que estava em reforma, contamos com a ajuda do casal espanhol para carregar as nossas malas, procuramos o “i” para informações e mapas e seguimos, de ônibus, para o nosso hotel.
Com cerca de cento e quarenta e cinco mil habitantes, Salzburgo é a capital da música clássica. Quase na fronteira com a Alemanha, a cidade é cortada pelo rio “Salzach”, que a divide em “Cidade Antiga” e “Cidade Nova” (assim como em Genebra). Salzburgo é a cidade natal de Mozart e da família Von Trapp (do clássico “A noviça rebelde”). Além disso, o centro da “Cidade Antiga” é considerado patrimônio histórico da humanidade.
O nosso hotel, “Mercure Salzburg Kapuzinerberg”, situa-se na “Cidade Nova”, a dois quarteirões de outro Mercure, o que nos confundiu um pouco. Prédio grande, suíte espaçosa e bela vista. Vista de montanha coberta de neve. Pela primeira vez, compramos tudo que precisávamos no próprio hotel, especialmente o nosso “Salzburg Card”. Assim como o “Innsbruck Card”, ele nos garante a entrada nas principais atrações turísticas da cidade e transporte.
A experiência gastronômica em Salzburgo foi rica. Em primeiro lugar, comemos o “Wiener Schnitzel”, um filé de vitela. Como acompanhamento, batatas assadas ou talharim italiano. Em segundo lugar, também comemos o tradicional “Apfelstrudel”, uma massa folheada, recheada de maçã. Como acompanhamento, sorvete ou creme de baunilha. Em terceiro e último lugar, comemos um “Schlierbacher Klosterkäse”, um queijo de cheiro forte, sabor suave e densidade macia. Como acompanhamento, vinho, também italiano.
Em Salzburgo, visitamos o “Cemitério St. Peters”, que foi inaugurado no século VIII e abriga as tumbas das famílias mais importantes da cidade, a “Mozarts Geburtshaus”, casa onde Mozart nasceu e viveu até seus 17 anos, a “Mozarts Wohnhaus”, casa para onde Mozart mudou-se e viveu (antes de mudar-se, definitivamente, para Vienna), a “Dom”, a catedral construída entre 767-774 (nela se encontram três grandes portas de bronze que simbolizam fé, amor e esperança), o “Salzach”, rio de águas cristalinas que corta a cidade, o “Sound of Music Tour”, um passeio pelos locais onde o clássico “A noviça rebelde” foi filmado (esse foi o destaque da Thaís) e pelos arredores de Salzburgo (numa encantadora região conhecida como “Sete Lagos”), e o “Mirabell Schloss”, castelo edificado no século XVII (nos fundos, encontra-se uma fonte que também aparece no filme “A noviça rebelde”).
O destaque de Salzburgo vai para a “Festung Hohensalzburg”, ou simplesmente, a fortaleza. Vista, no alto de uma montanha, de quase todos os lugares da “Cidade Antiga”, essa é a única fortaleza da Europa Ocidental que se manteve intacta até os dias de hoje. Até ela, subimos de trenzinho (mas também é possível subir a pé). Dentro dos seus altos muros, o espaço é enorme. Em uma situação de guerra, é para lá que a população da cidade deveria se dirigir (tudo o que é necessário durante um período de cerco está ali). Nesse espaço, encontra-se o castelo, que virou museu. Museu de guerra, com as roupas dos oficiais (de 1682 a 1935), com os armamentos e as munições (característicos de cada período), com os instrumentos de comunicação (destaque para uma central telefônica completa), com os instrumentos de tortura (especialmente máscaras) e com as maquetes (de abrigos para os militares em batalha e da construção do próprio castelo). O salão dourado é impressionante. Nele, temos a impressão de que retornamos, historicamente, para a Idade Média. Por ser uma fortaleza e por estar no alto de uma montanha, de lá se tem a melhor vista de Salzburgo e arredores. Se de dia é lindo, no fim de tarde, quando as luzes da cidade estão sendo acesas, é de cair o queixo.
Por fim, deixamos Salzburgo na manhã de terça, dia 04 de janeiro, em direção à Viena. Das 336 fotos que tirei, 15 estão no meu Facebook.
Luiz Felipe Xavier.

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