domingo, 27 de dezembro de 2015

Considerando a Deus no ano novo

Considerando a Deus no ano novo

Deuteronômio 31:19-22; 32:1-14

27 de dezembro de 2015

Luiz Felipe Xavier

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domingo, 6 de dezembro de 2015

Decisões para uma vida abençoada

Decisões para uma vida abençoada

Deuteronômio 31:1-18

06 de dezembro de 2015

Luiz Felipe Xavier

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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Princípios para viver num mundo em crise econômico-social

O livro de Levítico, “Chamou o Senhor”, pode ser dividido em dois grandes blocos. No primeiro, “Chamou o Senhor” à comunhão com ele (1-17). Esse bloco trata das leis sobre as ofertas (1-7), das leis sobre o sacerdócio (8-10), das leis sobre a pureza (11-15) e das leis sobre a expiação (16-17). No segundo bloco, “Chamou o Senhor” a uma vida santa (18-27). Esse trata das leis pessoais (18-20); das leis sacerdotais (21-22); das leis festivais (23-24); e das leis econômico-sociais (25-27). Logo, Levítico 25, texto sobre o ano sabático e o ano do jubileu, está inserido no contexto das leis econômico-sociais.  À luz desse texto, fica evidente que Deus chama o seu povo a uma vida santa e, para tal, estabelece leis econômico-sociais que devem ser obedecidas. Dessas leis pode-se extrair 3 importantes princípios.
O primeiro princípio é o da mordomia da criação (1-7). “Diga o seguinte aos israelitas: Quando vocês entrarem na terra que lhes dou, a própria terra guardará um sábado para o SENHOR.” (v. 2). Neste contexto, o sábado é um ano de descanso para a terra (Cf. v. 4,5,6). Assim como Deus trabalhou seis dias e descansou no sétimo, o ser humano deve trabalhar seis dias e descansar no sétimo, e a terra deve trabalhar seis anos e descansar no sétimo. No ano sabático, não se semeia e não se colhe. Durante este sétimo ano, o povo é sustentado pelo produto espontâneo da terra (Cf. v. 6,7) e pelo que resta da produção do sexto ano (Cf. v. 20-22). Do princípio da mordomia da criação é possível aprender sobre a confiabilidade do Provedor, a contenção da ganância e o contentamento do sustentado.
O segundo princípio e o da equidade entre todos (8-24). “Contem sete semanas de anos, sete vezes sete anos; essas sete semanas de anos totalizam quarenta e nove anos. Então façam soar a trombeta no décimo dia do sétimo mês; no Dia da Expiação façam soar a trombeta por toda a terra de vocês. Consagrem o quinquagésimo ano e proclamem libertação por toda a terra a todos os seus moradores. Este lhes será um ano de jubileu, quando cada um de vocês voltará para a propriedade da sua família e para o seu próprio clã.” (v. 8-10). Neste contexto, o jubileu é um ano de libertação. As dívidas são canceladas, as terras são redistribuídas, os escravos são libertados e a unidade familiar é restabelecida. Vale ressaltar que o ano do jubileu é também um ano sabático. A diferença é que no ano do jubileu cada um tem o direito de voltar à sua propriedade. Nele acontece “reforma agrária”. É interessante perceber que há uma relação direta entre o Dia da Expiação e a libertação econômica. Isso significa que quando o pecado, que gera a injustiça social, é perdoado, a consequência é justiça social.
O ano do jubileu é necessário porque nos anos que o antecedem há concentração de terra. Mas a terra não pode ser concentrada por três razões. A primeira é porque a ela pertence a Deus. “A terra não poderá ser vendida definitivamente, porque ela é minha (...).” (v. 23a). Se ela pertence a Deus, ela não pertence a ninguém do povo. A segunda razão é porque o povo é apenas estrangeiro e imigrante na terra. “(...) e vocês são apenas estrangeiros e imigrantes.” (v. 23b). Se o povo é estrangeiro e imigrante, a terra é apenas meio de produção para seu sustento. A terceira razão é porque a terra é concentrada através da exploração do próximo. “Se vocês venderem alguma propriedade ao seu próximo ou se comprarem alguma propriedade dele, não explorem o seu irmão. (...) Não explorem um ao outro, mas temam o Deus de vocês. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês.” (v. 14,17). Do princípio da equidade entre todos é possível aprender sobre a condenação da exploração, a contradição da acumulação e a concretização da justiça.
O terceiro princípio e o da solidariedade aos pobres (25-55). Neste bloco final de Levítico 25, por três vezes aparece a expressão: “Se algum do seu povo empobrecer (...)”. A primeira vez que aparece é: “Se alguém do seu povo empobrecer e vender parte da sua propriedade (...).” (v. 25). O que deve acontecer? O parente mais próximo resgata a propriedade. Se isso não for possível, a própria pessoa trabalha e resgata sua propriedade. Se isso não for possível, no ano do jubileu ela resgata a sua propriedade. É digno de nota que, no texto, ainda há leis específicas sobre a venda de casas: nas cidades muradas, nos povoados e nas cidades dos levitas. Em todas essas leis, o direito de resgate da propriedade é garantido. A segunda vez que aparece a expressão “Se algum do povo empobrecer (...)” é: “Se alguém do seu povo empobrecer e não puder sustentar-se (...)”. (v. 35). O que deve acontecer? O povo deve ajudar, como se faz ao estrangeiro e ao residente temporário. Nesta ajuda, não se pode cobrar juro. Nesta ajuda, não se pode emprestar mantimento visando lucro. Aqui se encontra um detalhe importante: toda esta solidariedade é por temor ao Senhor e para a garantia da vida do empobrecido na terra. A terceira vez que aparece a expressão “Se algum do povo empobrecer (...)” é: “Se alguém do seu povo empobrecer e vender a algum de vocês (...)”. (v. 39). O que deve acontecer? Considerem-no como um trabalhador contratado ou como um residente temporário, não como um escravo. Deem-lhe condições de trabalhar e libertem-no no ano do jubileu. Aqui se encontra mais um detalhe importante: o tratamento digno, não impiedoso, é por temor ao Senhor. Por fim, do princípio da solidariedade aos pobres, é possível aprender sobre a cooperação familiar, a colaboração desinteressada e as condições trabalhistas.
Que neste mundo marcado por crise econômico social, todos nós possamos considerar os princípios da mordomia da criação, da equidade entre todos e da solidariedade aos pobres!

Luiz Felipe Xavier.

domingo, 18 de outubro de 2015

Qualquer semelhança não é mera coincidência

Qualquer semelhança não é mera coincidência

Números 21:4-9

18 de outubro de 2015

Luiz Felipe Xavier

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segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Vida de paradoxos...

Hoje é 12 de outubro, Dia das Crianças...

Cheio de saúde, acordei com a notícia que havia perdido uma preciosa amiga-irmã, depois de uma luta inglória contra um câncer perverso... Michelle, você fará muita falta por aqui...

Saí de casa para visitar pessoas que lutam por casa, mesmo que seja uma de madeirite, coberta com telhas de amianto...

Não fui sozinho, fui com adolescentes e jovens que têm quase tudo, mas que se dispuseram a brincar com crianças que não têm quase nada... Que orgulho dessa moçada!!!

Fui ao barraco da D. Neide, uma ex-tudo que virou missionária e mora na Ocupação Rosa Leão... A teologia dela me fez questionar se eu posso mesmo abrir a minha boca para falar de Deus... Sua paz, sua "prova", sua alegria, seu sofrimento, sua experiência e sua dependência me levaram às lágrimas... Chorei... E mesmo usando óculos escuro ela viu...

Entrei no carro e voltei para casa, e toda aquela gente continuou ali... Por dentro, só Deus sabe o que se passava e o que se passa no meu coração...

Daqui a pouco, irei a um casamento... Celebrarei, em comunidade, a união de duas pessoas que se amam...

Depois, voltarei para casa e a vida seguirá o seu caminho...

Mas que vida é esta, meu Deus? Vida que gente chora e vida que gente ri... Vida que alguns poucos têm quase tudo e vida que outros muitos não têm quase nada... Vida que gente que doa pouco recebe muito e vida que gente que recebe pouco doa muito... Que vida é essa?

É vida de paradoxos!

Ah! Como eu anseio pela eternidade! Como eu anseio pelo dia que nenhuma lágrima será mais derramada! Como eu anseio pelo novo céu e pela nova terra, onde habitará a justiça!

Neste Dia das Crianças, que Deus me ajude a confiar nele, como uma criança confia em seu pai! Que Deus me ajude a dar razão a ele, amando ao próximo como a mim mesmo! Que Deus me ajude a lutar pela justiça nesta vida de paradoxos!

Amém!

Luiz Felipe Xavier

domingo, 27 de setembro de 2015

Princípios para reagir à crise

Princípios para reagir à crise

Levítico 25:1-4; 8-10, 25, 35, 39.

27 de setembro de 2015

Luiz Felipe Xavier

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domingo, 23 de agosto de 2015

Orientações para o culto a Deus

Orientações para o culto a Deus

Êxodo 40:34-38

23 de agosto de 2015

Luiz Felipe Xavier

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sexta-feira, 31 de julho de 2015

Havia uma árvore no meio do jardim...

Gênesis 1 descreve-nos a criação de Deus. Deus cria tudo que existe, ordena tudo que cria e estabelece um responsável por tudo que ordena. Gênesis 2 descreve-nos o que poderíamos chamar de pilares de uma vida equilibrada. Esses são a espiritualidade, a família e o trabalho. Gênesis 3 descreve-nos a queda da humanidade. A partir desta descrição, fica revelado que o pecado do ser humano é a origem de todo o mal que existe no mundo. Logo, a descrição que Gênesis 3 faz da queda, suscita-nos, pelo menos, três importantes perguntas.
A primeira pergunta é: O que foi a queda? “Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também.” (v. 6). A árvore do conhecimento do bem e do mal é um teste de obediência. Isso porque Deus tinha dado uma ordem clara ao homem: “Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em dela comer, certamente você morrerá.” (Gn. 2:16-17). Assim, não comer é obedecer e comer é desobedecer. Tanto a mulher quanto o homem desobedecem a Deus, comendo do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Podemos dizer que a dinâmica da tentação do primeiro casal é um protótipo da dinâmica da tentação de todos nós. Hoffmann afirma que “a satânica argumentação desperta a curiosidade e semeia a dúvida. Esta dúvida coloca em jogo a absoluta confiabilidade da Palavra de Deus, em favor dos sentimentos e desejos do coração humano.”.
Vale ressaltar que antes de comerem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, Adão e Eva já conheciam o bem e o mal. Ou seja, eles conheciam o que Deus determinara como bem e como mal. Assim sendo, ao comer desse fruto, o casal quer ser como Deus. Isto é, ele quer assumir para si a prerrogativa de determinar o que é o bem e o que é o mal. Então, o pecado entra na história humana porque o ser humano que ser autônomo em relação a Deus. Em outras palavras, o pecado é dizer a Deus: Eu determino o que é o bem e o mal para minha vida, não você.
A segunda pergunta é: Quais foram as consequências da queda? As consequências da queda são descritas em termos de rupturas. Ruptura do relacionamento com Deus: “Ouvindo o homem e a mulher os passos do Senhor Deus que andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim.” (v. 8). Ruptura do relacionamento consigo mesmo: “E ele [o homem] respondeu: “Ouvi teus passos no jardim e fiquei com medo, porque estava nu; por isso me escondi”.” (v. 10). Ruptura do relacionamento com o próximo: “Disse o homem: “Foi a mulher que me deste por companheira que me deu do fruto da árvore, e eu comi”.” (v. 12); “Respondeu a mulher: “A serpente me enganou, e eu comi”.” (v. 13). E ruptura do relacionamento com a criação. “Os olhos dos dois se abriram, e perceberam que estavam nus; então juntaram folhas de figueira para cobrir-se.” (v. 7).
A terceira pergunta é: Como a graça de Deus manifesta-se depois queda? “Mas Deus chamou o homem, perguntando: “Onde está você?”.” (v. 9). Deus, por sua graça, vem em direção ao casal desobediente. Deus chama o homem, porque está cheio de graça. O homem esconde-se de Deus, porque está cheio de medo. Mas Deus trata o pecado com seriedade. Isso significa que todo pecado tem consequências terríveis. Por causa da desobediência, a serpente, a mulher, a terra e o homem sofrerão. Deus expulsa o casal do jardim e restringe o seu acesso à árvore da vida. Por fim, Deus apresenta ao casal o caminho de volta a ele. Inicialmente, ele apresenta um caminho provisório. “O Senhor Deus fez roupas de pele e com elas vestiu Adão e sua mulher.” (v. 21). Aqui, um princípio pedagógico está estabelecido: O ser humano só pode voltar a Deus coberto pelo sangue de uma vítima inocente. Posteriormente, Deus promete um caminho definitivo. À serpente, ele diz: “Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar.” (v. 15). Pronto! Está feita a promessa acerca de Jesus. Jesus será a vítima inocente que derramará o seu sangue e abrirá à humanidade pecadora o caminho definitivo de volta a Deus. Todos aqueles que trilham este caminho de reconciliação transformam-se e agentes de reconciliação. Que assim seja conosco!

Luiz Felipe Xavier.

domingo, 19 de julho de 2015

Conhecendo o nosso Deus

Conhecendo o nosso Deus

Êxodo 6:1-8

19 de julho de 2015

Luiz Felipe Xavier

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domingo, 28 de junho de 2015

Integridade

Integridade

Gênesis 37 a 50

28 de junho de 2015

Luiz Felipe Xavier

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domingo, 14 de junho de 2015

Ressonâncias de um FTLiano...

De acordo com René Padilla, FTLiano é uma pessoa que faz parte da Fraternidade Teológica Latino-Americana.

Há uma semana, na cidade de São Paulo, aconteceu a Consulta Continental comemorativa de 45 anos da FTL. O aspecto mais relevante dessas consultas é o reencontro dos amigos de caminhada. Além de reencontrá-los, podemos ouvi-los, o que sem dúvida é muito enriquecedor. Como uma das maiores riquezas da FTL é a não uniformidade teológica, sempre que nos reunimos, precisamos colocar em prática o que Paulo nos ensinou em 1 Tessalonicenses 5:21: “(...) julgai todas as coisas, retende o que é bom (...). Este ensino do apóstolo é enfatizado na chamada “Regra Inaciana”, que diz: “Para que tanto aquele que dá os exercícios espirituais como o exercitante mais se ajudem e aproveitem, há de se pressupor que todo bom cristão deve estar mais pronto a salvar a proposição do próximo do que a condená-la; e se a entende mal, corrija-a com amor. Caso tal não bastar, recorra a todos os meios convenientes para que, bem entendida, seja salva.”. É exatamente com este espírito de salvar, mais que de condenar, que quero compartilhar as minhas ressonâncias sobre a Consulta Continental da FTL. Para tal, o farei destacando o que mais me enriqueceu. Não citarei quem falou o que para tornar a leitura mais fluida.

A FTL nasce no ceio do movimento estudantil na América Latina. Entre os seus objetivos destacam-se a reflexão bíblica, a atenção ao contexto e a ação pastoral-missional. Quando os pastores-teológos da FTL se encontravam sempre tinha uma mesa posta e vários textos para reflexão. Logo, a Teologia da Missão Integral é gestada por muita produção textual e por muita discussão fraterna. Digno de nota é que os seus primeiros líderes eram pessoas sábias e experientes, simples e acessíveis.

A Teologia da Missão Integral, mais do que uma teologia, é uma missiologia. É uma missiologia que chama um povo à obediência da fé. Ela não é uma reflexão sobre Deus, numa perspectiva metafísica, mas é uma reflexão a respeito da práxis da Igreja, numa perspectiva missiológica. Assim, em seus primórdios, ao invés de dialogar com a filosofia, ela preferiu dialogar com as ciências sociais. Esse diálogo a levou a considerar sempre o contexto, tanto do leitor atual como do autor original do texto sagrado. Ela entendeu bem cedo que para ser relevante precisava ser contextual. Isso porque, como afirma Frei Beto, “a cabeça pensa onde estão os pés”.

A Teologia da Missão Integral tem como seu fundamento último a Bíblia Sagrada. Desde o início, ela procurou abrir o Livro para fazer uma teologia desempacotada. A Palavra de Deus é que tinha autoridade para julgar a realidade, não o contrário. Assim sendo, em sua leitura contextual das Escrituras, a Teologia da Missão Integral tomou o Reino de Deus como sua chave hermenêutica. Este Reino foi proclamado por Jesus Cristo aos pobres da Galiléia. Por estes, aquele fez uma opção preferencial, não exclusiva e absoluta. Tal opção foi marcada por um serviço desinteressado e por uma convocação aos seus discípulos para fazer o mesmo.

Com o passar do tempo, a Teologia da Missão Integral começou a dialogar com outras ciências e a ocupar-se com diversos temas. Dentre esses temas, alguns se destacam. Primeiro, o tema da negritude. Penso que estamos sendo desafiados a romper com uma ordem social pigmentocrática. Segundo, o tema da sexualidade. Considero que estamos sendo desafiados a manter os valores da família original, tais como heterossexualidade, monogamia e intenção de permanência. Terceiro, o tema da criança. Acho que estamos sendo desafiados a nos indignar frente à exclusão das crianças, estas que são as principais vítimas da desigualdade social que nos acomete. Quarto, o tema do meio ambiente. Penso que estamos sendo desafiados a aprender com os índios sobre sustentabilidade, e a resistir a um modelo civilizatório predador e consumista. Quinto, o tema da diáspora. Considero que estamos sendo desafiados a abraçar, não a excluir, os estrangeiros-imigrantes que chegam no nosso país. Sexto, o tema dos pentecostalismos. Acho que estamos sendo desafiados a redescobrir as dimensões da mística e da experiência na vida cristã. Sétimo, o tema dos chamados “desigrejados”. Penso que estamos sendo desafiados a viver uma espiritualidade comunitária, uma espiritualidade que seja terapêutica àqueles que sofreram e sofrem traumas religiosos. Oitavo, o tema do diálogo inter-religioso. Considero que estamos sendo desafiados a crescer na compreensão de que o diálogo se dá a partir da afirmação da nossa identidade, não da negação da mesma. Nono, o tema da globalização sócio-político-econômica. Acho que estamos sendo desafiados a desenvolver uma ética social que leve em consideração os princípios da Revelação de Deus. De tudo que ouvi e julguei, isto foi parte do que retive de bom.

Porém, apesar de tudo isso, não posso deixar de fazer algumas críticas. Sinto-me à vontade para fazê-lo porque o faço de dentro. Na programação, em geral, senti falta de algo que sempre esteve presente em nossas consultas: devocionais e orações. Lemos a Bíblia e oramos muito pouco. Isso comprometeu parte do discernimento, da relativização e da denúncia do nosso próprio contexto, o que sempre foi muito caro à FTL e à Teologia da Missão Integral.

Por fim, ressalto dois importantes momentos. Ao longo da nossa consulta, tivemos a oportunidade de homenagear três dos chamados “pais” da Teologia da Missão Integral: René Padilla, Samuel Escobar e Pedro Arana. Sou grato a Deus pela vida e ministério destes preciosos irmãos. No fim da nossa consulta, aconteceu a eleição da nova diretoria da FTL-B. A diretoria da qual eu fiz parte foi substituída por uma nova. Na pessoa do David Mesquiati, nosso novo presidente, peço a Deus que abençoe esta nova diretoria. Que ela desfrute da mesma fraternidade que a diretoria passada desfrutou. Também sou grato a Deus pela vida do Lyndon, do Carlinhos, da Lucy, do Silvério e do Robinson, pessoas com quem tive o privilégio de conviver nestes últimos três anos. O que aprendi com eles, eu guardarei em meu coração.

A minha oração é que a boa mão de graça do Senhor permaneça sempre sobre a nossa querida FTL!

Luiz Felipe Xavier.

domingo, 3 de maio de 2015

Provados e aprovados

Provados e aprovados

Gênesis 22:1-19

03 de maio de 2015

Luiz Felipe Xavier

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domingo, 12 de abril de 2015

Piedade num mundo ímpio

Piedade num mundo ímpio

Gênesis 12 a 14

12 de abril de 2015

Luiz Felipe Xavier

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quinta-feira, 2 de abril de 2015

Criação e cultura

Gênesis 1 é o primeiro capítulo da Bíblia. O grande tema desse capítulo é a criação de Deus. É interessante notar que a Escritura Sagrada começa e termina com a criação de Deus. Ela começa com “No princípio, Deus criou os céus e a terra” (Gn. 1:1) e termina com “(...) vi um novo céu e uma nova terra.” (Ap. 21:1). Logo, Deus é o Criador de tudo o que existe e existirá.
Em Gênesis 1:1-2:3, descobrimos 3 verdades sobre a criação de Deus. A primeira verdade sobre a criação é que Deus cria tudo que existe. “No princípio Deus criou os céus e a terra” (Gn. 1:1). No princípio é quando não há nada. Se é quando não há nada, Deus cria a partir do nada. Só ele cria a partir do nada. Assim, está pressuposto que Deus existe e que ele é eterno. O Deus que cria é Elohim. A palavra Elohim é um substantivo, no plural. Assim sendo, o Deus que cria é a Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo. O Pai fala, o Filho executa e o Espírito Santo dinamiza. Mas, quando Deus cria, o verbo utilizado é bara. Esse verbo está no singular. Aqui encontramos um problema, pois a tradução literal do texto original seria: No princípio, Deuses criou. A partir do que foi dito acima, a solução para esse problema é a compreensão trinitária de Deus – um só Deus, que é três pessoas. Então, quando não havia nada, a Trindade cria os céus e a terra. Ou seja, cria todas as coisas.
A segunda verdade sobre a criação é que Deus ordena tudo o que cria. “Era a terra [criada] sem forma e vazia.” (Gn. 1:2). Era sem forma definida e desabitada. Em 6 dias, Deus ordena o caos na terra. A Bíblia não diz, claramente, se esses 6 dias são dias de 24 horas ou eras de tempo indeterminado. Porém, de uma coisa podemos ter certeza: a descrição da criação é poética. Deus cria dando forma ao que não tem forma e enchendo o que está vazio. No primeiro dia, ele cria a luz e separa a luz das trevas; no quarto dia, Deus cria os luzeiros do dia e da noite. No segundo dia, ele cria o céu e separa águas de baixo das águas de cima; no quinto dia, Deus cria os seres das águas e dos ares. No terceiro dia, ele separa as águas da terra seca; no sexto, Deus cria os seres da terra e, especialmente, os seres humanos. No sétimo e último dia, ele descansa. Vale ressaltar que tudo que Deus faz é bom e o ser humano é muito bom.
A terceira e última verdade é que Deus estabelece um responsável por tudo que ordena. “Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gn. 1:27). Deus é uma família – Pai, Filho e Espírito Santo – e, quando cria à sua imagem, cria uma família – homem e mulher. Consequentemente, o ser humano à imagem de Deus é o casal. Assim como no mundo antigo a imagem de um rei representava esse rei num território conquistado, o ser humano criado à imagem de Deus representa Deus na terra – daqui nasce o conceito de imago Dei. O fato do ser humano ter sido criado à imagem de Deus confere-lhe dignidade. O texto segue, dizendo: “Deus os abençoou, e lhes disse [ao homem e à mulher]: “Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem sobre a terra.”.” (Gn. 1:28). Esse verso é conhecido como “mandato cultural”. Simplificando, “mandato cultural” é a ordem dada por Deus ao ser humano de cuidar e desenvolver a criação. Sobre esse mandato, Charles Colson declara: “(...) até o sexto dia, Deus fez todo o trabalho da Criação diretamente. Mas, agora cria os primeiros seres humanos e os ordena a levar adiante de onde deixou.”. Na mesma linha, John Stott deixa claro que: ““Natureza” é o que Deus nos dá; “cultura” é o que nós fazemos com ela.”. Por fim, de acordo com René Padilla, “Esta é a base da mordomia responsável no uso e cuidado dos recursos naturais e também para o desenvolvimento científico e tecnológico, não em função do crescimento econômico, mas sim como o meio de cumprir o propósito de Deus para sua criação e, assim, dar glória ao Criador.”. Portanto, o fato do ser humano ter recebido o “mandato cultural” confere-lhe responsabilidade.
Que Deus nos ajude a cumprir o “mandato cultural” na sua criação!
Luiz Felipe Xavier.

domingo, 8 de março de 2015

Havia uma árvore no meio do jardim...

Havia uma árvore no meio do jardim...

Gênesis 3:1-25

08 de março de 2015

Luiz Felipe Xavier

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domingo, 1 de fevereiro de 2015

A criação de Deus

A criação de Deus

Gênesis 1:1-2:3

01 de fevereiro de 2015

Luiz Felipe Xavier

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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Intensidade

Se me pedissem para definir em uma só palavra o ano de 2014, escolheria a palavra "intenso".

Meu 2014 começou cheio de expectativas. Literalmente, era um ano que prometia. Prometeu e cumpriu. Cumpriu superando todas as minhas expectativas.

O primeiro terço de 2014 foi de preparação. Preparação para a chegada da Anne. Thaís e eu pensamos em cada detalhe para recebê-la da melhor forma possível. Projetos aqui, reformas ali e ajustes acolá. Tudo o que nós desejávamos era #VemAnne.

Anne veio no fim do primeiro e no início do segundo terço de 2014. Chegou no dia 28 de março, a tarde. Tomá-la nos braços foi a experiência mais emocionante da minha vida. Que presente maravilhoso Deus nos deu! Anne chegou trazendo-nos muitas alegrias e muitos desafios. A alegria de vê-la sorrindo no berço toda manhã é indescritível. Em algumas dessas manhãs, oramos juntos na janela, de frente para o parque. A alegria de vê-la brincando no banho nas tardes de quarta e de domingo é encantadora. Como esta menina gosta de água! Acho que neste aspecto ela puxou o pai. A alegria de vê-la mamando em meus braços nas madrugadas de novembro e dezembro é impagável. Suga o leite da mamadeira, enquanto faz carinho na minha barba. Mas Anne também trouxe desafios. O desafio da paternidade. Acho que a mãe recebe a maternidade no ato da concepção, ao passo que o pai a recebe num processo que se estende por toda a vida. Honestamente, Thaís é excelente! Eu tento ser. Deus é testemunha. O desafio de viver para fora. Por meio da Anne, Deus está me ajudando a ser menos egoísta. Isto é uma grande bênção!

No terceiro terço de 2014 teve Copa do Mundo no Brasil. Melhor, teve Recopa Sul-Americana em Belo Horizonte. Diante da Recopa, a Copa foi apenas um detalhe. Foi bacana ver o Galo ganhando mais um título continental. Depois da Copa e da Recopa, o mês de agosto foi de muito trabalho e muita apreensão. Compromissos extras de trabalho drenaram boa parte das minhas energias. Além disso, a cirurgia do Beto, meu sogro, e a polarização política que antecedeu as eleições presidenciais me deixaram apreensivo. Na ocasião, consolidei a minha opção de votar alter-centrado ou pobre-centrado. Agosto e setembro não foram fáceis.

Tendo passado pelo tempo da apreensão, o quarto e último terço de 2014 foi de muita correria e de muita alegria. Correria para ver o primeiro Fórum Jovem da Aliança tornar-se uma realidade. Correria para encerrar as atividades nas faculdades e na igreja. Correria para escrever um projeto de continuidade dos estudos no próximo ano. Correria, muita correria. Alegria por ver o Galo ganhar a maior e mais emocionante Copa do Brasil de todos os tempos. Por falar em futebol, em 2014 eu vi de tudo, só não vi o Crüzeiro ganhar do Atlético. Depois de muito sofrimento, há 3 anos, temos o melhor time do Brasil. Alegria também de ter conseguido concluir quase tudo que comecei fazer. É bom quando isso acontece!

O 2014 intenso chegou ao fim. Sou muito grato a Deus por tudo que vivi. Estou cansado e agitado, porém, cheio de esperança. Esperança de um 2015 melhor e mais tranquilo. É isso que eu desejo e é por isso que eu oro.

Que a graça de Deus se renove sobre todos nós no ano que se inicia! Que venha o 2015 e que ele seja excelente!

Luiz Felipe Xavier.