domingo, 19 de fevereiro de 2012

Recordar é viver

Recordar é viver

1 Coríntios 15:1-11

19 de fevereiro de 2012

Luiz Felipe Xavier

Faça aqui o download da mensagem e esboço.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Jovens da Redê em terras bolivianas

No início do capítulo 13 do livro de Atos dos Apóstolos, encontramos a igreja de Antioquia da Síria discernindo a voz do Espírito Santo e enviando Barnabé e Paulo (na época, Saulo) para uma viagem missionária. No fim do capítulo 14, encontramos esses missionários chegando dessa viagem missionária e contando aos irmãos tudo o que Deus tinha feito por meio deles. Fico imaginando como deve ter sido precioso esse momento... precioso para os que foram enviados e precioso para os que enviaram...

À semelhança de Barnabé e Saulo, quero compartilhar com vocês parte do que Deus fez por meio de 13 jovens da Redê, em terras bolivianas...

Primeiro, Deus trabalhou em nós, através dos momentos devocionais. Todos os dias, após o café da manhã, reuníamos para refletir sobre os princípios de mutualidade ou mandamentos recíprocos. Foi encantador ver a edificação mútua, quando as nossas inadequações eram reveladas, quando as nossas confissões eram ouvidas, quando as nossas as experiências eram compartilhadas, quando as nossas ofensas eram perdoadas e quando a graça de Deus era experimentada por todos. O colorido de comunhão e unidade do grupo foi pintado por Deus durante esses momentos devocionais.

Segundo, Deus tocou crianças, através das nossas vidas. Na primeira semana, trabalhamos com Escolas Bíblicas de Férias, em três igrejas da periferia de La Paz. Nessas igrejas, reuniam-se dezenas de crianças, todas do seu entorno. A maioria era muito pobre, mas muito doce. Podíamos sentir sua doçura em cada gesto de carinho. Enquanto ajudávamos na realização das atividades, elas sempre estavam por perto. Muitas delas queriam apenas nosso afeto, nosso abraço apertado.

Terceiro, Deus falou aos corações, através das nossas bocas. Nas Escolas Bíblicas de Férias, no acampamento da juventude e nas celebrações das igrejas, nós tivemos oportunidade de falar. Algumas vezes, participando do louvor. Foi lindo ver os nossos irmãos bolivianos adorando e louvando ao Senhor, em português. Outras vezes, apresentando teatros. As nossas peças foram verdadeiras encenações do amor de Deus pela humanidade. Em outras ainda, testemunhando e pregando a Palavra de Deus. Pelos compromissos escritos de tantos jovens, por exemplo, discernimos que as exposições bíblicas impactaram, poderosamente, as suas vidas.

Quarto, Deus manifestou-nos o seu amor, através da família Vargas e dos irmãos das igrejas. Durante os 14 dias que passamos em La Paz, o CCM foi como a nossa casa, o Marcelo e a Silvana foram como os nossos pais e a Priscila foi como nossa irmã. Que família especial! O amor deles por Deus transbordou em amor deles para conosco. Em todo o tempo, eles estavam presentes e só faltavam adivinhar o que nós precisávamos ou desejávamos. Além disso, as igrejas que visitamos foram como a nossa Redê. O amor dos irmãos para conosco nos constrangia e emocionava. Foi um grande privilégio conviver com gente tão amorosa durante esse tempo.

Quinto, Deus levou-nos a rever alguns dos nossos valores, através do contato com uma realidade diferente da nossa. Apesar de muito rica, culturalmente, a Bolívia é muito pobre, economicamente. É o país mais pobre da América Latina. A cada um de nós, o contato com a pobreza boliviana foi uma experiência riquíssima. Enriqueceu-nos com gratidão e dissemos: “Obrigado pelo que temos!”. Enriqueceu-nos com contentamento e dissemos: “O que temos é suficiente!”. Enriqueceu-nos com simplicidade e dissemos: “Não precisamos de nada além do que já temos!”. Enriqueceu-nos com generosidade e dissemos: “O que temos pode ser repartido!”. E enriqueceu-nos com amor e dissemos: “Podemos dar-nos a essa gente tão carente!”. Essa riqueza dinheiro algum pode comprar.

Mas, voltando a Atos dos Apóstolos, observamos que essa foi apenas uma de tantas outras viagens missionárias de Barnabé e Paulo. Em seus corações havia um desejo de ouvir outras vezes a voz do mesmo Espírito. Posso dizer que esse mesmo desejo também está presente em nossos corações e estamos dispostos a ser enviados novamente. Para onde, não sabemos, quando, não sabemos, e por quanto tempo, não sabemos. O que sabemos é que os nossos ouvidos estão atentos à voz do Espírito e que os nossos corações estão desejosos de obedecê-lo. Que assim seja!

Luiz Felipe Xavier.

Esse texto foi publicado no informativo da Igreja Batista da Redenção.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Missão cumprida!

Graças a Deus, nosso tempo em La Paz tem sido excelente!

Passada a primeira semana, onde trabalhamos com as Escolas Bíblicas de Férias, tivemos dois dias de descanso. Nesses dois dias passeamos bastante. No primeiro, os Vargas levaram-nos ao Titicaca, lago navegável mais alto do mundo. Ali tivemos a oportunidade de contemplar a beleza da criação de Deus. A paisagem é encantadora! Depois de muitas fotos, no lago e com as lhamas, almoçamos juntos num dos melhores hotéis da região. A famosa truta do Titicaca é, talvez, o melhor peixe que já comi. Só de lembrar, fico com água na boca... Após o almoço, vistamos dois museus, anexos ao hotel. O primeiro sobre o Império Inca e o segundo sobre o altiplano boliviano. Essas visitas ajudaram-nos a compreender melhor a história e a cultura da Bolívia.

No segundo dia, sob frio intenso, acordamos às cinco horas da manhã e fomos à “La Cumbre”, que significa “O topo”. Nas montanhas andinas, o nosso objetivo era encontrar neve. Depois de uma hora e meia de van, de trinta minutos de caminhada e de muito cansaço, nosso objetivo foi alcançado. Deus foi tão bom que, quando chegamos ao alto da montanha (5.000 metros de altitude), começou a nevar de verdade. Para aqueles que nunca tinham visto neve, a emoção foi muito grande. Após brincarmos e fotografarmos, voltamos para casa, trocamos de roupa e fomos para o centro de La Paz. Almoçamos juntos e fomos às compras. Compramos, basicamente, blusas de frio e toucas, para o acampamento, e lembranças, para os nossos queridos. É impressionante como tudo é muito barato em relação aos preços que estamos acostumados no Brasil.

No dia seguinte, nosso nono na Bolívia, Fernando, Pedro e eu participamos de uma reunião da FTL. Durante a reunião, refletimos sobre “Liturgia”, como parte da preparação para o CLADE V, em julho próximo. O núcleo de La Paz é composto por pessoas mais velhas, a maioria pastores de igrejas e professores de seminários. Ao final de uma calorosa discussão, compartilhei uma breve reflexão sobre a diversidade litúrgica presente na igreja brasileira.

Depois da faxina completa na casa onde estamos hospedados, seguimos para o acampamento de jovens. Por três dias, 35 brasileiros e bolivianos reuniram-se, no subúrbio de La Paz. Tempo frio, comunhão “caliente”, jogos divertidos, louvores inspirativos e comida gostosa. Comida nos dois sentidos... No que refere-se à comida dessa terra, de duas em duas horas, nos deliciávamos com o que era-nos oferecido. Quanto à comida do céu, Daniel foi a nossa porção. Em três exposições bíblicas, refletimos sobre três i’s: identidade, integridade e intimidade. Essas reflexões ficaram sob a minha responsabilidade. Em duas noites, refletimos sobre inteligência emocional e inteligência sexual. O nosso grupo ficou responsável pelas tardes de jogos e por ensinar algumas músicas, em português, durante os momentos de louvor. Para a gincana, todos os inscritos foram divididos em duas equipes: equipe verde e equipe amarela. O resultado final foi um empate técnico, para que todos pudessem sair vitoriosos. No fim, nós fomos homenageados pelos jovens bolivianos (cada um recebeu uma pequena lembrança), fizemos uma grande roda (intercalando brasileiros e bolivianos) e oramos agradecendo a Deus por tudo que ele nos proporcionou durante esses três dias.

No sábado à noite, depois de voltarmos ao CCM, saímos com a Priscila, filha do Marcelo e da Silvana. No domingo de manhã, participamos do culto na “Iglesia Cristiana Antioquia”, onde preguei sobre Êxodo 19-20. O tempo de cânticos, a oração da Silvana e a homenagem dos irmãos deixaram-nos muito emocionados. À noite, tivemos um tempo de calorosa e chorosa despedida. Durante esse tempo, refletimos sobre os últimos princípios de mutualidade ou mandamentos recíprocos. Tais princípios foram de fundamental importância para nossa comunhão e unidade. Além disso, ouvimos o testemunho do Marcelo e da Silvana. A maneira como Deus os chamou para missões aqueceu nosso coração e serviu de inspiração para todos nós. Que tempo maravilhoso!

Na manhã de segunda, deixamos La Paz. Devido a um atraso, em Santa Cruz de la Sierra, 8 dos 13 jovens perderam a conexão de São Paulo para Belo Horizonte (eu estava entre eles). Mas, apesar do estresse, pudemos experimentar a bondade e o cuidado de Deus conosco. Foi muito bom ser recebido, no aeroporto, por familiares e irmãos da igreja. Melhor ainda foi matar a saudade de tanta gente querida, especialmente da Thaís. Ela me fez muita falta!

Depois de 14 dias, o sentimento de todos nós é de missão cumprida. Apesar das dificuldades naturais, a graça de Deus foi superabundante. Certamente, ao recordarmos esse tempo, teremos muitas histórias para contar...

Deus é fiel e hoje é terça, dia 31 de janeiro.

Luiz Felipe Xavier.