terça-feira, 10 de julho de 2012

Agradecer

A atitude do segundo dia do CLADE V foi "agradecer". Começamos com cânticos de adoração e louvor ao nosso Deus. Agradecemos a Jesus, por aproximar-se de nós e convidar-nos a seguí-lo.
A devocional foi realizada por Pedro Arana. Agradecemos a Deus pela fé que ele mesmo nos deu. Fé que leva-nos ao genuíno arrependimento, nos transformando. O texto de João 20:11-20 apresenta-nos o choro de Maria. Assim como ela, podemos chorar por nosso sofrimento. A passagem não termina com pranto, mas com a boa notícia de que Jesus vive. Logo, à partir desse fato, não há situação de morte que não possa ser transformada em nossa vida. Por fim, Pedro Arana disse-nos que a fé eficaz é aquela que busca responder às questões relacionadas ao seu próprio contexto, à luz da Palavra de Jesus.
Depois do lanche da manhã, a região Brasil começou sua apresentação com uma breve introdução feita pelo Wilson, seguida de um vídeo da campanha "Bola na Rede", promovida pela RENAS. Embalados pela viola do Carlinhos, cantamos músicas que nasceram da realidade brasileira. Leandro, de Felipe Camarão, contou-nos o que Deus tem feito em Natal, Rio Grande do Norte. Poema e música antecederam a leitura do documento produzido pela FTL-B, por Robinson, Clemir e Yokimi. A grande questão à qual esse documento pretende responder é: Como seguir a Jesus num contexto marcado por individualismo egoísta, espiritualismo personalista, produtivismo predatório e corrupção cínica? A resposta proposta é: seguindo, radicalmente, seu modelo de serviço encarnacional. Isso porque a missão da igreja é uma extensão da missão de Cristo. Como não poderia ser diferente, a delegação brasileira encerrou sua participação com samba e oração, esta última, feita pela Morgana.
A leitura de uma saudação do CELAM e a apresentação da Eco Biblia fecharam as atividades da manhã.
Após o almoço, participei de uma consulta intitulada: "Jovens protagonistas da transformação". Nessa consulta, contei com a companhia do Thiago, Joabe, Klênia, Morgana e Rebeca (Bolívia). A metodologia adotada refletiu a situação mesma da grande maioria dos nossos jovens: fragmentação. Muitos diagnósticos e poucos prognósticos. Dentro desses diagnósticos, um que preocupa: uma hermenêutica inclusiva fortemente relativista.
À noite, a apresentação ficou por conta da América Central e Caribe. Mauricio Rojas propôs uma retomada da hermenêutica contextual. Afirmou também que não podemos conhecer a Jesus a partir de nós mesmos, mas a partir dele mesmo. Nesse processo, não podemos confundir o mapa com o território, não podemos viver convencidos de que temos o melhor mapa e não podemos crer que o território não muda. Só conheceremos a Deus na vida, na prática da sua Palavra. Disse ainda que a liturgia não pode restringir-se à forma e que para testemunhar de Jesus precisamos identificar-nos com o outro.
Após um impactante vídeo sobre os sinais do Reino nessa região, Sidney Rooy testemunhou sobre seu trabalho junto às vítimas de minas de terra. Milhares de carrinhos já foram distribuídos em 18 países da América Latina e Caribe, e em 92 países do mundo, possibilitando qualidade de vida aos beneficiados.
Dança, poesia e muita música marcaram a noite. Uma, em especial, reflete, muitas vezes, a minha pessoa: "Eu pensei correr de mim... mas aonde eu ia eu tava... quanto mais eu corria... mais pra perto eu chegava...". O programa do segundo dia foi fechado ao som da salsa.
Grato e cansado, peço a Deus que renove as minhas forças para amanhã.
Luiz Felipe Xavier.

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