terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Genebra, neve e Natal

Seguindo viagem, de Barcelona fomos para Genebra. As notícias que recebíamos, especialmente do Brasil, era de que os aeroportos europeus estavam fechados. Por isso, temíamos não chegar ao nosso destino. Graças a Deus, tudo correu bem. Apesar dos 30 minutos de atraso (que não é nada), deixamos a Espanha com sol e chegamos à Suíça com neve. Nenhum problema, pois era véspera de Natal. Como de praxe, procuramos o “i” para informações e mapas. Além disso, foi necessário trocar dinheiro. Trocamos Euros por Francos Suíços. Notas coloridas e moedas enormes. Tendo feito tudo isso, fomos de trem até a estação central, onde deveríamos descer.
Genebra é a terceira maior cidade da Suíça, com cerca de cento e oitenta mil habitantes (um ovo de galinha, se comparada à Barcelona, e um ovo de codorna, se comparada à Madrid). Situada no fim do “Lac Lémam” (Lago Lémam), quando as águas do mesmo reencontram o curso do “Le Rhône” (O Rio Rhône), a cidade é divida ao meio. De um lado, a chamada “Cidade Antiga”, do outro, por inferência, a “Cidade Nova”. Olhando da “Cidade Nova” para a “Cidade Antiga” vêem-se os famosos Alpes Suíços. Genebra é uma cidade marcada pela diversidade cultural. Andando pelas ruas é possível encontrar pessoas de todas as partes do mundo, cada uma delas falando em sua própria língua (são os efeitos de Babel).
O albergue que ficamos hospedados, “City Hostel Geneva”, situa-se na “Cidade Nova”, próximo à “Gare Centrale de Cornavin” (que é a estação central de Genebra). Mais ou menos bem localizado (Thaís acha que é muito bem localizado), prédio moderno (lembra um Hotel Formule 1), gente não tão acolhedora (acho que ficamos mal acostumados com Madrid), quarto pequeno, mas com pia.
Como chegamos no dia 24 de dezembro, não encontramos nenhum lugar bom, aberto para comer. O jeito foi matar a fome com sanduíche (mesmo que à luz de velas). O mesmo aconteceu no dia 25, pois era Natal, e no dia 26, pois era domingo. E dá-lhe sanduíche! A única experiência gastronômica que tivemos em Genebra foi chocolate suíço. Em três dias, comemos quase meio quilo.
Na virada do dia 24 para o dia 25, fizemos um culto a dois, conversamos com os nossos queridos do Brasil e ceamos também a dois. Durante o nosso tempo de culto, meditamos em Lucas 2:1-20. É sempre bom recordar que “(...) na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo o Senhor.” (v. 11). Por isso, “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor.” (v. 14).
Sem dúvida alguma, o destaque de Genebra vai para a “Cathédrale Saint Pierre”. Ali se reunia o rebanho do pastor João Calvino. Em três dias, visitamos três vezes esse local. A primeira acidentalmente, a segunda intencionalmente e a terceira rapidamente. Deixe-me explicar... Como passaríamos o Natal em Genebra, planejamos assistir ao culto do dia 25 na “Cathédrale Saint Pierre”. Logo, na tarde-noite do dia 24, fomos à “Cidade Velha” descobrir onde era a catedral e qual era o horário do culto. Para nossa surpresa, quando chegamos lá, estava terminando um culto em inglês. Foi marcante ver o pastor ocupando o mesmo púlpito que, por 25 anos, foi ocupado por Calvino. Terminado esse culto, tirei “zilhões” de fotos, principalmente da Bíblia que estava sobre o altar, do púlpito que ficava no centro da nave (do lado esquerdo de quem entra) e da cadeira do grande reformador de Genebra. Essa foi nossa primeira visita. No dia seguinte, fomos ao culto de Natal. Chegamos cedo, assentamos na frente, ouvimos tudo em francês (como no século XVI), participamos da ceia (com cálice único e vinho de verdade) e tirei mais um “zilhão” de fotos. Passar o Natal na igreja do Calvino foi inefável! Essa foi nossa segunda visita. No fim da manhã do dia 26, tivemos que passar novamente pela catedral. Dessa vez porque desejávamos subir ao topo de sua torre, de onde se vê toda a cidade. Genebra, do topo da catedral, em dia de sol, fica magnífica. Essa foi nossa terceira visita.
Além da catedral, vistamos o monumento “Genebra Cidade de Refúgio”, devido à sua vocação de acolher pessoas oriundas de outros países, o “Murs des Reformatours”, um muro com 150 metros de comprimento edificado em homenagem aos reformadores (em especial, Calvino, Farel, Beza e Knox), o “Jardin Anglais”, um parque a beira do Lac Léman (onde, no verão, é possível encontrar um relógio de flores), o “Lac Léman”, o maior lago da Europa, o “Musée International de la Reformé”, um museu que apresenta a história da Reforma Protestante, o “Museu Internacional da Cruz Vermelha”, que mostra a atuação dessa instituição em situações de guerra e de catástrofes pelo mundo, a “Sede da ONU”, que infelizmente está fechada à visitação por causa das comemorações de fim de ano, e a “Broken Chair”, uma enorme cadeira com uma das pernas quebradas em protesto aos efeitos das explosões de campos minados.
Por fim, na manhã de segunda feira, dia 27 de dezembro, partimos para Lausanne. Das 415 fotos que tirei, 15 estão no meu Facebook.
Luiz Felipe Xavier.

Um comentário:

  1. Vc poderia me dizer se na catedral de Genebra existiam enfeites natalinos? alguma foto?

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