sábado, 14 de janeiro de 2012

Paris velha e ano novo...

Avançando em direção à França, fomos, de trem, de Milão à Paris. Durante a viagem, desfrutamos de paisagens encantadoras. Do vale, vimos altas e imponentes montanhas, cobertas de gelo, que separavam pequenos e pitorescos vilarejos, isolados do restante do mundo. Ao longo do percurso, boquiaberto, rememorei nossa viagem de Zurique à Innsbruck, no ano passado. Depois de mais ou menos oito horas, desembarcamos na “Gare de Lyon”. Tendo passado no “i” para informações e mapas, pegamos um metrô para o nosso hotel. Era segunda, dia 26 de dezembro.

Cortada pelo rio Sena, Paris é a capital da França. A metrópole possui cerca de dois milhões e duzentos mil habitantes e a região metropolitana possui cerca de dez milhões e novecentos mil habitantes. A cidade encanta por seu charme e beleza. Não é por acaso que, andando por suas amplas ruas e visitando suas principais atrações, encontramos gente de todos os lugares da Terra.

O hotel onde ficamos hospedados, “Ibis Paris Berthier Porte de Clichy”, localiza-se na parte norte da cidade. Comércio próximo, prédio novo, hóspedes mil, quarto confortável, internet gratuita (mas precária) e uma vista maravilhosa da “Tour Eiffel”. Esse último aspecto era de encher os olhos!

Em Paris, vistamos: a “Tour Eiffel” (torre de 320 metros de altura, projetada por Gustave Eiffel e edificada em 1889), o “Arc de Triomphe” (arco símbolo da nacionalidade francesa, construído em comemoração às vitórias militares de Napoleão Bonaparte), a “Champs Elysées (avenida mais famosa da França e segundo metro quadrado mais caro do Planeta), o “Musée de Louvre” (um dos museus mais famosos do mundo, onde encontram-se o Código de Hamurabi, as partes do Palácio de Dario – da Pérsia, a Vitória de Samotrácia, os Escravos – de Michelangelo, o Cupido e Psique, e, é claro, a Mona Lisa – de Leonardo da Vinci), a “Basilique du Sacré-Coeur” (basílica dedicada ao Sagrado Coração de Jesus – decepcionante), “Château de Versailles” (um dos maiores palácios da Terra, que possui mais de duas mil janelas, mais de sessenta escadas, mais de trezentos e cinqüenta chaminés, mais de mil e duzentas lareiras, setecentos quartos e setecentos hectares de parque – ali certifiquei-me que Luiz Felipe tem tudo a ver com Galo).

No último dia de 2011, fomos a Ruão, cidade francesa de grande importância na Idade Média, situada na Alta Normandia. Ali visitamos a “Cathédrale” (catedral do século XVI, em estilo gótico, que inspirou Monet), o “Gros-Horloge” (grande e belo relógio, situado no passadiço de uma rua onde as edificações alternam estilo francês e alemão), a “Place du Vieux Marché” (praça onde Joana d’Arc foi queimada viva, em 30 de maio de 1431; e onde encontra-se a Igreja de Santa Joana d’Arc, uma edificação moderna, com vitrais da antiga Igreja de São Vicente, em homenagem à heroína francesa) e a “Gare de Rouen” (estação onde chegamos e partimos).

Requintando nossa experiência gastronômica, por indicação do meu cunhado, almoçamos em um tradicional bistrô francês. Confesso que fui seduzido pela história por trás da popularidade do bistrô. Essa história remonta às mães de família que, enquanto seus maridos estavam na guerra, abriam suas casas, serviam pequenas refeições e ganhavam algum dinheiro. Se é verdade, ou não, eu não sei. Mas, sem dúvida, é interessante e faz sentido. O espaço era charmoso, os garçons eram atenciosos e os detalhes eram muitos (diferentes pratos, talheres e taças, cada um destinado a um momento da refeição). A entrada foi maravilhosa! Salmão, torradas e manteiga. O prato principal foi, no mínimo, diferente. Pedi a especialidade da casa: cabeça de vitelo, batatas cozidas e molho verde. Quando a cabeça de vitelo era misturada ao molho verde, o sabor era bom. Sozinha, era ruim. Bem fizeram a Thaís e a minha irmã: a primeira pediu pato e a segunda pediu boi. Ambos estavam ótimos! De sobremesa, uma torta especial de maça e framboesa, com sorvete de caramelo. Só de lembrar, fico com água na boca...

O destaque de Paris vai para o “Musée D’Orsay”. Abrigado numa antiga estação de trem, o museu possui uma significativa coleção de obras de arte dos séculos XIX e XX. Em meio a essas obras, encontra-se uma preciosa seleção de pinturas dos impressionistas e dos seus amigos. Ali apreciamos Manet, Monet, Degas, Renoir, entre outros. Além desses, também apreciamos as pinturas de Van Gogh, expostas em três salas. Embora eu admire todos, gosto, especialmente, dos quadros de Monet. São impressionantes!

Em 2006, quando visitei Paris pela primeira vez, passamos o Natal em “Trocadéro”. De lá, tivemos uma bela vista da “Tour Eiffel” piscando. Dessa vez, passamos o réveillon também em “Trocadéro”. De lá, em meio a uma multidão, esperávamos ver algo mais que a “Tour Eiffel” piscando. Infelizmente, nossa expectativa foi frustrada. Ela piscou por alguns minutos e nada mais. Durante a nossa volta para casa, cheia de aventuras, pensei... Paris velha, ano novo... Orei pedindo a Deus que nos dê um excelente 2012!

Finalmente, deixamos Paris na manhã de domingo, primeiro de janeiro, em direção à Londres. Das trezentas e vinte e cinco fotos que tirei, 20 estão no meu Facebook.

Luiz Felipe Xavier.

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