quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Seguindo os passos de Jesus

Depois de muita oração, nossa viagem missionária a São Bento Abade teve início na madrugada do dia 13 de novembro de 2010, depois de um pequeno atraso na saída de Belo Horizonte. Muitos biscoitos, muitas sacolas de roupas e sapatos para o bazar, noite tranqüila na estrada e chegada ao nosso destino com tempo nublado, o que poderia não ser muito bom.
Uma vez acomodados, “redeanos” e “missionais” ou batistas e presbiterianos, tomaram café juntos e tiveram uma reunião inicial marcada pela unidade de propósito: fazer o bem às pessoas da cidade de São Bento Abade, em nome de Jesus. Abrindo um pequeno parêntese, os habitantes dali sentem uma profunda admiração por um homem que, em vingança à morte do seu irmão, matou os sete irmãos de uma família inimiga e fez um colar com uma orelha de cada um dos assassinados. Fechando o parêntese, a manhã do primeiro dia se encerrou com mutirão de arrumação do bazar e com muita chuva. Choveu até granizo.
À tarde, a escola municipal que estava vazia, começou a receber homens e mulheres, crianças e idosos, brancos e negros, gente de todo tipo em busca do que estava sendo oferecido. Atendimento médico (com pequena farmácia), atendimento odontológico, bazar, recreação para as crianças, corte de cabelo e orientação jurídica. Enquanto isso, uma equipe de oito pessoas anunciavam as Boas Novas de Jesus às pessoas do bairro Vale do Sol.
À noite, devido à chuva, poucas crianças e adultos compareceram ao cinema, que é algo raro na cidade. Após uma breve reunião de avaliação da liderança, o primeiro dia chegou ao fim.
O segundo dia começou com uma caminhada dos “amarelinhos” (assim ficamos conhecidos devido ao colete que usamos) pela cidade. Findada essa caminhada, o trabalho seguiu na escola, como no dia anterior. Enquanto isso, uma comissão foi até a igreja católica conversar com o padre e pedir o seu apoio à Ação Comunitária Cristã. Essa visita foi marcada por contribuição, comunhão e papo cordial. O objetivo foi alcançado: o padre anunciou e recomendou o nosso evento. Ainda antes do almoço, fomos, em um número de quatro pessoas, ao sepultamento de uma senhora da cidade. Quanta dor foi vista ali!
À tarde, mudando um pouco a estratégia, a equipe de evangelismo percorreu as ruas do bairro Vale das Oliveiras. Nessa caminhada, encontramos gente idosa, que não quis nada com Jesus, gente jovem, que está sofrendo longe dos caminhos de Jesus, e gente criança, que apesar de questionadora (Maria está viva? Maria apareceu no rio de Aparecida?), crê no Evangelho de Jesus. Enquanto tudo isso acontecia, muita gente era atendida na escola.
À noite, no refeitório da mesma escola, tivemos um culto. Apesar do tempo de cânticos ter sido excessivamente longo, a palavra foi muito boa. Leitura bíblica, testemunho pessoal de conversão e apelo. Cerca de doze pessoas se renderam aos pés de Jesus. O segundo dia chegou ao fim com uma grande confraternização dos “amarelinhos” e dos membros da Igreja Batista Vale do Sol numa pizzaria.
O terceiro e último dia começou com sinais de arrumação. Aproximava-se a hora de voltar para casa. Mas, antes, oferecemos um grande culto de gratidão ao nosso Deus. Esse culto teve início com de dança de rua (dos nativos) e teatro (dos “amarelinhos”). Logo em seguida, mais uma vez a Boa Nova foi proclamada e muitos creram. O que mais chamava à atenção era a alegria de centenas de crianças. Para elas, tudo foi uma grande festa.
À tarde, logo depois do almoço, todas as contas foram fechadas e viajamos de volta a Belo Horizonte. Trouxemos na bagagem muitas experiências marcantes, experiências pessoais, experiências que o tempo jamais poderá apagar. No fundo do coração, a convicção de que voltamos para casa um pouco mais parecidos com Jesus.

Luiz Felipe Xavier.

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