Qual é o tamanho da sua fé?
Mateus 8
21 de abril de 2013
Luiz Felipe Xavier
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domingo, 21 de abril de 2013
Qual é o tamanho da sua fé?
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Tentação pode virar teste
Todos nós sabemos o que é
tentação. Isso porque essa realidade faz parte da nossa experiência cotidiana.
Todos os dias, e várias vezes ao dia, nós somos tentados. Nós somos tentados
quando o Diabo nos apresenta uma possibilidade de satisfazer os maus desejos do
nosso coração. Se cedermos, significa que caímos em tentação. Se não cedermos, significa
que fomos aprovados num teste. Logo, a tentação pode virar teste. É curioso
que, no grego, a mesma palavra pode ser traduzida por “tentação” ou “teste”. Ou
seja, é o resultado que determinará se a nossa experiência foi uma tentação ou
um teste.
A tentação acontece no lugar onde o Espírito Santo nos leva. O Espírito Santo conduz-nos ao local da tentação. A tentação consiste
em obedecermos a Deus e fazermos a sua vontade ou desobedecermos a Deus e fazermos
a nossa vontade. Mas, por que o Espírito Santo faz isso? Para sermos aprovados
no teste e nos fortalecermos espiritualmente.
A tentação começa quando o Diabo se aproxima. É ele quem nos tenta. Essa tentação se dá com a apresentação da
possibilidade de realizarmos os maus desejos do nosso coração. Porém, por que o
Diabo faz isso? Para cairmos em tentação e nos enfraquecermos espiritualmente.
A tentação vem sobre todos nós. Ela vem sobre
mim e sobre você. Ela veio até sobre Jesus. Ora somos reprovados, ora aprovados.
Todavia, Jesus sempre foi aprovado. Como ele sempre foi aprovado, ele é capaz
de nos ajudar em cada tentação que passamos para sermos aprovados também.
A tentação, frequentemente, torna-se mais forte quando estamos mais
fracos. Na caminhada cristã passamos por momentos
de “alta” e de “baixa”. Nos momentos de “baixa”, as tentações tornam-se mais
fortes, porque estamos mais fracos. É exatamente nesses momentos que precisamos
de maior vigilância. Isso quer dizer que nos momentos de “alta” estamos imunes à
tentação? De forma nenhuma, pois nesses momentos estamos mais propensos a
confiar na nossa justiça própria. Caso isso aconteça, já estaremos caídos.
A tentação, geralmente, direciona-se aos nossos “pontos fracos” ou “áreas
de vulnerabilidade”. Todos nós temos “pontos
fracos”. Todos nós conhecemos as nossas “áreas de vulnerabilidade”. O que
alguns de nós desconhecemos é que o Diabo também sabe quais são os nossos
“pontos fracos” ou “áreas de vulnerabilidade”. Ele os conhece e para eles
direciona suas tentações. Assim, precisamos de maior atenção onde somos mais
débeis.
A tentação reveste-se com uma lógica enganosa. Isso significa que, de modo geral, antes de cedermos à tentação,
formulamos uma lógica que justifique a nossa desobediência. O grande problema é
que essa lógica é enganosa. Ela é enganosa porque nos faz pensar que sabemos
melhor do que Deus o que é melhor para nós. Como pensamos que sabemos melhor do
que Deus o que é melhor para nós, afirmamos a nossa vontade em detrimento da
vontade de Deus.
A tentação demanda certas concessões. Todas
essas concessões estão diretamente relacionadas à lógica enganosa que nos leva à
desobediência. Na verdade, o que negociamos é a consciência que temos do que
seja a vontade revelada de Deus. Assim sendo, parece claro que as concessões
antecedem a nossa queda.
A tentação oferece a possibilidade de uma satisfação imediata, embora
fugaz. O que satisfazemos, quando caímos em
tentação, são os maus desejos do nosso coração. A satisfação é real e por isso
é desejada. Contudo, é uma satisfação falsa, porque é produto da desobediência
a Deus. Além disso, é uma satisfação fugaz, pois seu efeito passa muito rápido.
Pior, não só passa muito rápido, mas deixa em seu lugar uma dolorosa culpa: a
culpa da ofensa aquele que mais nos ama.
A tentação propõe sempre um atalho. O
atalho para a satisfação dos maus desejos do nosso coração, pela desobediência à
vontade revelada de Deus. Tomamos esse atalho quando não confiamos que a
vontade de Deus é melhor para nós que a nossa própria vontade e satisfazemos a
nossa própria vontade em detrimento da vontade de Deus. É simples assim!
A tentação pretende nos desviar da missão do Pai para nós. A missão do Pai para nós é a de nos conformarmos à imagem do Filho, de
sermos e vivermos como foi e viveu o Filho. O Filho foi obediente à vontade do
Pai até o fim, até a morte. Então, à semelhança do Filho, o nosso caminho
também deve ser o caminho da obediência à vontade do Pai. Só assim cumpriremos
a sua missão para nós.
Por fim, a possibilidade de não
cairmos nas tentações do Diabo é real. Que boa notícia! Portanto, a pergunta é:
o que precisamos fazer? Primeiro, contar com a assistência do Espírito Santo.
Ele nos leva para sermos tentados e nos ajuda enquanto estamos sendo tentados.
Segundo, ter a Palavra de Deus habitando em nós. É com a Palavra de Deus que
resistiremos às sugestões mentirosas do Diabo. Terceiro, discernido, com
clareza, a tentação. Quando esse discernimento se faz presente, o que era
tentação pode transformar-se em teste. Um teste no qual somos aprovados e
fortalecidos espiritualmente.
Na nossa caminhada, muitas vezes,
caímos em tentação. Quando isso acontece, precisamos nos colocar aos pés da
cruz de Jesus. É dela que vem o nosso perdão. É dela que vem a nossa
purificação. É dela que vem a graça que nos coloca de pé e nos faz seguir em
frente.
Que todos nós possamos orar como
Jesus nos ensinou: “E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal”.
Que assim seja!
Luiz Felipe Xavier.
Esse texto foi publicado no informativo da Igreja Batista da Redenção.
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